Ausências na seleção de râguebi são “oportunidade para progredir” – selecionador
As ausências dos médios Samuel Marques e Joris Moura são “uma oportunidade” para a seleção portuguesa de râguebi “progredir em direção a 2027”, ano em que se disputará o Mundial, considerou hoje o selecionador, Simon Mannix.
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O formação e o abertura ficaram ao serviço dos seus clubes da Pro D2 de França, assim como o ponta Rodrigo Marta, motivo pelo qual não estão disponíveis para defrontar a Espanha, no sábado, nas meias-finais do Rugby Europe Championship 2025 (REC25).
Mas, à agência Lusa, o treinador neozelandês dos ‘lobos’ disse que se trata de “uma oportunidade para outros se chegarem à frente e jogarem”.
“Estou entusiasmado por observar mais jovens para número 9 [formação], como o Hugo Camacho, vai ser bom para ele voltar a jogar, e por ver Hugo Aubry e Manuel Vareiro a competirem pela posição 10 [abertura]. E quanto mais jovens continuarmos a lançar, melhor para nós, para continuarmos a progredir em direção a 2027”, destacou o selecionador.
Mannix lembrou, por outro lado, que Portugal “não é a única equipa das nações em desenvolvimento a sofrer deste problema”, ou seja, a ter de ‘negociar’ com os clubes profissionais a presença dos seus jogadores na seleção.
Por isso, afirmou que “toda a gente tem de trabalhar em conjunto para encontrar uma solução” e lembrou que essa é “uma discussão para manter entre a World Rugby, os clubes e as federações internacionais”.
Elogiou, por outro lado, o trabalho dos clubes portugueses para manter o nível físico dos jogadores do campeonato nacional a um nível que permite manter uma “performance consistente” quando “os profissionais de França” se juntam aos trabalhos.
“Obviamente, é mais fácil quando temos o grupo todo junto e todos os jogadores durante o tempo todo, mas estou encantado com a forma como os clubes portugueses mantiveram a condição física dos jogadores e a disciplina de trabalho enquanto o grupo não esteve junto”, agradeceu.
Segundo o antigo ‘all black’, “jogar uma meia-final em casa”, contra a Espanha, “é um momento entusiasmante para se ser jogador da seleção portuguesa” e o resultado do encontro será “apenas uma consequência” da qualidade do trabalho que todo o grupo desenvolveu durante esta semana.
“O râguebi não é um jogo complicado. É tudo uma questão de fazer bem o básico e isso é tudo o que vamos fazer. Vamos ser muito bons no básico, ter muita energia e jogar, como estes jogadores têm feito. Impressionam-me sempre que vestem a camisola da seleção e jogam com um orgulho desmedido, com muita paixão e sentimento por tudo o que representa, para eles, jogar por Portugal. E não posso pedir-lhes mais nada”, elogiou o técnico à Lusa.
A seleção portuguesa de râguebi recebe a Espanha, no sábado, em jogo das meias-finais do REC25 com início previsto para as 15:30, no Estádio Nacional, em Oeiras, e arbitragem do galês Adam Jones.
A equipa orientada por Simon Mannix venceu o Grupo B da competição e vai, por isso, defrontar em casa o segundo classificado do Grupo A numa eliminatória a uma só mão.
Se vencer a Espanha, Portugal encontra na final a Geórgia ou a Roménia, que no domingo disputam a outra meia-final.
A seleção lusa procura o segundo título europeu do seu historial, após o triunfo obtido em 2004, numa competição que, desde a sua primeira edição, em 2000, tem sido dominada pela Geórgia (16 títulos) e pela Roménia (cinco).
Ao qualificar-se para as meias-finais, Portugal assegurou, também, o apuramento para o Mundial Austrália2027, juntamente com os outros três semifinalistas do REC25.
As quatro seleções europeias são as primeiras a juntar-se às 12 já apuradas por terem terminado nos primeiros três lugares dos seus grupos no Mundial de França2023: França, Nova Zelândia, Itália, Irlanda, África do Sul, Escócia, País de Gales, Fiji, Austrália, Inglaterra, Argentina e Japão.
SYL // MO
By Impala News / Lusa
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