César Peixoto confiante no potencial do Gil Vicente para se manter na I Liga
O novo treinador do Gil Vicente, César Peixoto, mostrou hoje confiança no potencial da equipa para garantir a manutenção na I Liga portuguesa de futebol, mesmo reconhecendo que “a tarefa será difícil”.

“Será um final de época complicado, está tudo muito renhido na tabela classificativa. Mas acredito no potencial do nosso trabalho e na qualidade dos jogadores para garantirmos o objetivo de manter o Gil Vicente na I Liga”, disse, na primeira intervenção como comandante dos barcelenses.
César Peixoto herdou uma equipa que, sob o comando de Bruno Pinheiro e, posteriormente, do interino José Pedro Pinto, vem de uma sequência de seis derrotas seguidas [cinco para o campeonato e uma para a Taça], mas notou um plantel a querer reagir a essa sequência.
“Não senti a equipa em depressão. Senti um grupo ávido de assimilar as novas ideias e a trabalhar com afinco. Não vai estar tudo como quero, mas fomos bem recebidos, e estamos a trabalhar para sermos mais competitivos”, partilhou.
O novo treinador dos ‘galos’ transmitiu esta ideia na antevisão à partida desta sexta-feira, frente ao Estrela da Amadora, da jornada 25 do campeonato, num jogo que considerou “importante, mas não decisivo”.
“O Gil Vicente não vence há cinco jogos [para o campeonato] e uma vitória é sempre importante, temos de regressar aos triunfos. É um jogo importante, mas não é decisivo. Sendo um adversário direto, é normal que haja uma carga emocional maior. Mas a meta não é só neste jogo, é no final do campeonato e temos de fazer crescer a equipa”, vincou.
O treinador dos barcelenses antecipou, por isso, um jogo difícil frente aos amadorenses, esperando muita entrega por parte dos seus jogadores.
“Vamos apresentar uma equipa que vai querer ser competitiva, num jogo difícil e num campo tradicionalmente complicado. Mas vamos estar preparados. É um adversário que não perde há algum tempo, e antecipo um típico jogo em que apenas a qualidade não vai chegar para vencer. Será um jogo de duelos, de segundas bolas, e de muita luta”, anteviu.
Questionado sobre se vai promover mudanças significativas na vertente tática equipa, em relação ao que vinha sendo apresentado pelos seus antecessores, César Peixoto não prometeu mexidas drásticas.
“Se estou cá é porque as coisas não estavam a correr bem. Alguma coisa vai mudar certamente, mas também nem tudo estava mal. Não venho alterar tudo, quero incutir as minhas ideias, de forma mais rápida possível, mas mudar drasticamente demoraria mais tempo. O importante é colocar os jogadores do mais confortáveis possíveis para se exprimirem da melhor maneira e ajudarem o coletivo”, partilhou.
Questionado sobre os motivos que o levaram a aceitar este convite, depois de ter deixado o comando do Moreirense, no mês passado, César Peixoto lembrou a qualidade do plantel, e também a sua ligação emocional ao Gil Vicente, onde foi jogador entre 2011 e 2015.
“Regresso a uma casa que bem conheço, onde passei bons momentos, e onde terminei a minha carreira. A adaptação foi mais fácil. É um clube que fiquei a simpatizar pelo tempo que aqui passei. Feliz pela oportunidade de ser treinador do Gil Vicente e por ter um plantel com muita qualidade e capacidade para fazer melhor”, partilhou.
Para esta sua estreia no comando do emblema barcelense, o técnico não pode contar com o defesa Zé Carlos, que está castigado, com o médio Yaya Sithole lesionado, e tem em dúvida o médio Cáseres e o avançado Pablo, que recuperam de problemas físicos.
O Gil Vicente, 15.º classificado, com 22 pontos, joga esta sexta-feira no terreno do Estrela da Amadora, 16.º também com 22, numa partida agendada para as 20:15, com arbitragem de João Gonçalves, da Associação de Futebol do Porto.
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By Impala News / Lusa
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