Ex-capitão do FC Barcelona Xavi diz que votação na Catalunha está a ser uma vergonha
O futebolista espanhol Xavi Hernández, ex-capitão do FC Barcelona, disse que é uma vergonha que, num país democrático, não se possa votar, em dia de referendo pela independência da Catalunha.
O futebolista espanhol Xavi Hernández, ex-capitão do FC Barcelona, disse que é uma vergonha que, num país democrático, não se possa votar, em dia de referendo pela independência da Catalunha.
“O que está a acontecer hoje na Catalunha é uma vergonha, é inadmissível que, num país democrático, as pessoas não possam votar”, disse Xavi, num vídeo difundido nas redes sociais.
Numa mensagem em catalão, o antigo jogador do FC Barcelona e da seleção espanhola, apoiou “toda a gente que pacificamente está a tentar exercer o seu direito de voto”.
O ex-futebolista Carles Puyol, que foi igualmente figura de proa dos ‘blaugrana’ (equipa do Barcelona), também apoiou o referendo à independência da Catalunha.
“Votar é democracia”, escreveu o antigo defesa na sua conta oficial na rede social Twitter.
Os catalães apoiantes da independência da região estão hoje a tentar votar num referendo suspenso no início do mês pelo Tribunal Constitucional espanhol e as autoridades de Madrid a tentarem impedir a realização da consulta popular com milhares de agentes da Polícia Nacional e Guardia Civil na rua.
Centenas de eleitores, na maioria pró-independência, começaram ainda de madrugada a formar filas em frente às escolas onde foram instaladas assembleias de voto — ocupadas há dois dias por populares que queriam garantir a votação de hoje – para evitar que estes fossem fechados pela polícia.
Os Mossos d’Esquadra (polícia catalã) fecharam dezenas de colégios eleitorais em toda a Catalunha, embora em alguns locais se tenham limitado a registar a concentração popular e saído sob aplausos da população.
Já a Polícia Nacional e a Guardia Civil protagonizaram momentos de tensão ao tentar impedir o referendo, tendo mesmo ocupado o pavilhão desportivo da escola em Girona onde deveria votar o líder da ‘Generalitat’, Carles Puigdemont, e detido vários manifestantes.
Os opositores à independência, que os estudos de opinião indicam serem maioritários, não participaram na campanha eleitoral nem irão votar, para não darem credibilidade a uma consulta que o Estado espanhol considera ser ilegal.
O Tribunal Constitucional espanhol suspendeu no início de setembro, como medida cautelar, todas as leis regionais aprovadas pelo Parlamento e pelo Governo da Catalunha que davam cobertura legal ao referendo de autodeterminação convocado para hoje.
Os partidos separatistas têm uma maioria de deputados no parlamento regional da Catalunha desde setembro de 2015, o que lhes deu a força necessária, em 2016, para declararem que iriam organizar este ano um referendo sobre a independência, mesmo sem o acordo de Madrid.
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