Bruno Fernandes diz que só Rafa pode “explicar” decisão de renunciar à seleção
O médio Bruno Fernandes disse hoje que só o compatriota Rafa Silva pode “explicar mais tarde” o porquê de ter renunciado à seleção portuguesa de futebol, mas acredita que a decisão não foi tomada com ânimo leve.
O médio Bruno Fernandes disse hoje que só o compatriota Rafa Silva pode “explicar mais tarde” o porquê de ter renunciado à seleção portuguesa de futebol, mas acredita que a decisão não foi tomada com ânimo leve. “Não falei com o Rafa ainda, nem acho que o deva fazer. É a decisão dele e deve ser respeitada, porque cada pessoa tem a sua vida, os seus problemas e a maneira de os resolver. Ninguém toma esta decisão com ânimo leve, mas só o Rafa poderá explicar esse motivo mais tarde”, começou por dizer o jogador dos ingleses do Manchester United, à comunicação social.
Na segunda-feira, Rafa, de 29 anos, pôs termo à sua carreira na seleção portuguesa, após 25 internacionalizações pela equipa principal, alegando “razões do foro pessoal”.
Contudo, o médio realça que “o mais importante foi a ajuda” que deu à seleção, pelo que todos têm de estar “gratos” ao Rafa, por ter sido um “jogador exímio” com as ‘cores’ lusas. “Estou feliz por ter partilhado o espaço com ele aqui e nos sub-21. Ficará marcado na história, porque ganhou as duas maiores competições do nosso país, está incluído nelas”, lembrou.
Na gala Quinas de Ouro 2022, que decorreu na terça-feira, na Cidade do Futebol, em Oeiras, o ‘capitão’ da seleção portuguesa Cristiano Ronaldo manifestou o desejo de estar presente no Mundial2022 e também no Euro2024, uma posição que não surpreendeu o colega de equipa. “Quem poderia acreditar que o Cris não quisesse estar nesse Europeu claramente não o conhece. Pela resiliência que tem, a ambição, o gosto que tem vindo a demonstrar ao longo dos anos, não é novidade para nós. O Cris quer atingir coisas que outros nunca conseguiram e vai continuar a ter a mesma importância. É o melhor jogador do mundo”, apontou.
No sábado, Portugal defronta a República Checa, no penúltimo encontro do Grupo A2 da Liga das Nações, em Praga, em que os lusos vão estar “cientes das dificuldades”, segundo Bruno Fernandes. “O objetivo passa por ganhar os dois jogos, o foco está no primeiro. Precisamos de fazer o maior número de pontos possíveis para passar à próxima fase e estamos cientes das dificuldades que vamos encontrar no jogo. Nunca é um jogo fácil com jogadores de grande qualidade e sabemos o que nos espera. Tem jogadores que jogam nas melhores ligas do mundo”, perspetivou.
“Não me considero líder”, diz Bruno Fernandes
A postura que Bruno Fernandes apresenta em campo, nomeadamente com os colegas de equipa e algumas vezes com os árbitros, foi outro tema abordado na conferência de imprensa. “Não me considero líder. Reajo muito à flor da pele, é a minha maneira de ser e de estar no futebol, porque gosto de ajudar e ser crítico. Gosto de melhorar e de melhorar os outros, mas não para querer ser líder. Foi sempre a minha maneira de estar em campo”, concluiu.
Após concluídas quatro jornadas, os lusos estão no segundo posto do Grupo A2, com sete pontos, depois de terem superado a Suíça (4-0) e a República Checa (2-0), em Lisboa, empatado em Sevilha, com a Espanha (1-1), e perdido em Genebra, perante os helvéticos (1-0). A Espanha é quem lidera a ‘poule’, com oito pontos, enquanto a República Checa é terceira, com quatro, e a Suíça última, com três.
A formação das ‘quinas’, vencedora da primeira edição da Liga das Nações, em 2019, ao bater na final os Países Baixos, precisa de vencer o agrupamento para chegar à ‘final four’ da terceira edição, sendo que a segunda foi conquistada pela França, numa final com a Espanha, em 2021.
Os quatro vencedores dos grupos da Liga A qualificam-se para a fase final, que inclui meias-finais, final e partida de atribuição do terceiro lugar. A ‘final four’ da terceira edição da prova será realizada em junho de 2023.
Siga a Impala no Instagram