Pedro Pichardo é campeão olímpico português mas quem são os outros quatro?
Ao conquistar a medalha de ouro no triplo salto, Pedro Pichardo fez soar o hino nacional nas olimpíadas pela quinta vez. Recorda-se de quem são os outros campeões olímpicos por Portugal?
Pedro Pichardo é o novo campeão olímpico do triplo salto e conquistou em Tóquio2020 a quinta medalha olímpica de ouro para o desporto português, depois de Carlos Lopes (Los Angeles 1984), Rosa Mota (Seul 1988), Fernanda Ribeiro (Atlanta 1996) e Nelson Évora (Pequim 2008). É a quarta medalha da Equipa Portugal em Tóquio 2020, a confirmar a melhor participação portuguesa em Jogos Olímpicos, e a 28.ª na história da participação nacional em todas as edições.
Com o ouro do Pedro Pichardo e o 7.º lugar da Teresa Portela, atingido esta quinta-feira na final da prova de Canoagem, K1 500, a Equipa Portugal atingiu também o objetivo de 12 diplomas (que incluem as posições de pódio) e somou 50 pontos, obtidos com as classificações de atletas até ao 8.º lugar, ultrapassando a marca dos 44 pontos conseguida em Atenas 2004, a melhor até agora.
Pedro Pichardo e as outras participações de hoje
ATLETISMO. Pedro Pichardo venceu o concurso de Triplo Salto e é o mais recente Campeão Olímpico por Portugal – 17,98 metros representam um novo recorde nacional, mas o atleta queria mais. “Dá trabalho, não é fácil. O salto não correu como estava à espera. Esperava fazer um salto maior e bater o recorde Olímpico ou Mundial. No aquecimento, senti algumas interferências e quando comecei já tinha algum receio na fase do ‘hop’. As medalhas são importantes, mas também gosto de ficar nos livros de recordes. Vou continuar a trabalhar para isso.”
Sério candidato às medalhas ainda antes de a competição começar, confirmou esse estatuto ao vencer a qualificação (com 17,71 metros), mas afasta o cognome de invencível. “Não podes dizer ‘sou imbatível’. Isso não é respeitar os adversários. Mas quando comecei a saltar fiquei mais tranquilo. Estava à espera de que os adversários fizessem mais competição. Eles competiram entre eles, mas esqueceram-se de mim”, gracejou no final da prova.
Feliz, mas sem demasiada euforia, Pichardo aceita o título de Campeão Olímpico como corolário do trabalho que desenvolve com o pai nos últimos anos. “O dia foi bom, mas sou muito exigente e gosto de fazer grandes marcas. Não sou muito emotivo. Hoje sou campeão Olímpico, mas amanhã é um dia normal. Já estou a pensar em setembro, na Liga Diamante. Mas a medalha vai ficar num lugar especial.” Por alcançar fica ainda a marca Olímpica ou Mundial. Dispensou o quinto salto para chegar a esse objetivo na última tentativa. “Na minha cabeça só estava isso. Era o último salto e queria dar tudo o que tinha.”
O atleta da Equipa Portugal foi o sexto a saltar e abriu o concurso com um ensaio de 17.61, assumindo de imediato a liderança, que nunca perdeu. O segundo salto teve exatamente a mesma medida: 17.61. E nenhum dos outros onze finalistas conseguiu até aí aproximar-se. Para o terceiro ensaio, Pedro Pichardo tinha reservado um novo recorde nacional, com 17.98, e o reforço inequívoco do 1.º lugar. O acesso aos três saltos finais, destinado aos oito melhores finalistas, foi conseguido com grande superioridade.
O quarto salto resultou num nulo, tal como tinha acontecido a Hugues Fabrice Zango, do Burkina Faso, então o 2.º classificado, com 17.47. E no quinto, Pichardo decidiu prescindir. Ao sexto ensaio já Pichardo era campeão olímpico, por toda a concorrência não se ter conseguido aproximar. E fez um nulo que nada influenciou.
Classificação final: 1.º Pedro Pichardo (POR), 17.98; 2.º Yaming Zhu (CHN), 17.57; 3.º Hugues Fabrice Zango (BUR)), 17.47.
CANOAGEM
Teresa Portela concluiu a presença nos Jogos Olímpicos com um 7.º lugar na final de K1 500 metros e o tempo de 1:55.814. A portuguesa entrou bem na meia-final ao início da manhã e conquistou o acesso à final que atribuía medalhas numa decisão por centésimos com a bielorrussa Volha Khudzenka. Na final confirmou que o seu lugar é entre as melhores do mundo, arrecadando o 7.º lugar e um diploma Olímpico.
Após a final, a canoísta portuguesa estava satisfeita com a sua presença em Tóquio 2020. “O meu objetivo era o K1 200, foi a prova que preparei, mas tive oportunidade de participar também em 500 metros. Estava muito competitivo e foi uma surpresa ter esta entrada na final. Já são os meus quartos Jogos e ter a oportunidade de disputar a final deixa-me muito contente. Mas quando estamos numa final queremos sempre melhor. Preferia que a pista estivesse como ontem, que estava mais rápida, mas mesmo assim estive bem.”
A prova foi ganha pela nova-zelandesa Lisa Carrington, seguida da húngara Tamara Csipes e em terceiro lugar ficou a dinamarquesa Emma Aastrand Jorgensen.
NATAÇÃO
Tiago Campos terminou os 10 Km de Natação em águas abertas, na 23.ª posição, naquela que é a sua primeira participação em Jogos Olímpicos. Na competição disputada na Marina de Odaiba, o atleta da Equipa Portugal ficou a 11:08.3 do medalha de ouro, o alemão Florian Wellbrock (1:48:33.7). Tiago Campos chegou a nadar no 14.º lugar do grupo de 26 finalistas, mas alguns problemas, entre os quais um abastecimento falhado, fizeram-no descer na classificação.
“Eu e o meu treinador tentámos preparar-nos para que eu pudesse superar esta prova muito difícil, com a água a 29 graus. Eu ia bem, mas de repente comecei a vomitar, faltavam aí três voltas, e fiquei quebrado. Nunca senti algo assim tão mau. Podia ter desistido, mas lutei até ao fim. Tentei dar o meu melhor”, explicou Tiago Campos. “Agora é cabeça erguida e continuar a trabalhar, porque espero que em 2024 esteja muito melhor e consiga superar as expetativas.”
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