Sporting de Braga recusa ser «cobaia» e recorre de castigo do CD
O Sporting de Braga considera que serviu de “cobaia” ao Conselho de Disciplina e vai recorrer do castigo de realização de um jogo à porta fechada imposto por aquele órgão da Federação Portuguesa de Futebol.
O Sporting de Braga considera que serviu de “cobaia” ao Conselho de Disciplina (CD) e vai recorrer do castigo de realização de um jogo à porta fechada imposto hoje por aquele órgão da Federação Portuguesa de Futebol.
O Sporting de Braga foi punido com a “sanção de realização de um jogo à porta fechada” devido ao comportamento racista do público afeto aos minhotos, no jogo da terceira jornada da I Liga, em casa do Desportivo das Aves (0-2), e ao facto da SAD ‘arsenalista’ ter tolerado essa atitude.
O Sporting de Braga, contudo, “discorda absolutamente de tal decisão, desprovida de qualquer fundamento, uma vez que não ficou demonstrado no procedimento disciplinar que os adeptos adotaram o comportamento que lhes é imputado e muito menos que esta sociedade tolere qualquer tipo de atitude discriminatória, xenófoba ou racista”.
Em comunicado, o Sporting de Braga informa que vai recorrer da decisão e que “a mesma não terá impacto nos compromissos desportivos de nenhuma das suas equipas”, nomeadamente na receção ao Paços de Ferreira, domingo, da 13ª jornada, “que decorrerá com público nas bancadas”, garante.
A SAD liderada por António Salvador considera ainda “absolutamente intolerável a ideia de que deve servir de exemplo para a justiça desportiva, conforme se extrai da inusitada declaração de voto de 13 páginas do presidente do CD, José Manuel Meirim, na qual reclama que a decisão ‘pode e deve servir como registo a diversos títulos'”.
“A Sporting de Braga SAD não aceita esta condição de cobaia nem o princípio que a suporta, antes condenando que esta mão inclemente e discricionária que agora se ergue seja a mesma que tantas vezes se esconde perante aqueles que, fazendo uso da sua força, fazem fraca a nossa justiça desportiva”, pode ler-se.
Os bracarenses frisam que “a justiça quer-se cega, de olhos vendados, para que não ceda à tentação de eleger os seus alvos.
“E exige-se sensata, para que da sua espada não surjam punições desproporcionadas. Não cabe à justiça violentar ou agredir de forma avulsa”, lê-se.
Para o Sporting de Braga, “os ataques que [lhe] têm sido feitos terão o condão de unir ainda mais este clube”, apelando ainda aos seus adeptos que, “perante decisões completamente ofensivas e ilegítimas”, demonstrem “a revolta” que sentem “com a nobreza e a civilidade que os caracterizam”.
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