Continua a dar que falar a polémica que envolve Dani Alves, jogador detido devido à acusação de agressão e violação de uma jovem de 23 anos. Agora, é a defesa do brasileiro, de 39 anos, que pretende reverter a prisão preventiva decretada a 20 de Janeiro. Isto com base na alegação de que a mulher entrou na casa de banho de livre vontade, não tendo sido obrigada por Dani Alves.

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A informação é avançada pelo El Periódico, que teve acesso ao recurso de 24 páginas apresentado pelo novo advogado do antigo jogador do Barcelona. Cristóbal Martell coloca em causa o relato da alegada vítima com base nas imagens das câmaras de vigilância da discoteca. Salienta o advogado que a jovem entra na casa de banho atrás do jogador. Sem que Dani Alves a tivesse forçado a passar ou abrisse a porta. Martell refere mesmo que as declarações da mulher “revelam-se inconsistentes e pouco exatas”. Algo que pode dever-se a uma “distorção narrativa”.

Declarações da mulher “revelam-se inconsistentes e pouco exatas”

O advogado vai mais longe e garante que as imagens de videovigilância “desmentem de forma radical” aquilo que foi dito pela vítima. Deixando a certeza que, em nenhum momento, é possível ver um clima de “terror, pavor ou dominação”. O recurso foi também tema de conversa no programa Y ahora Sonsoles. “Os advogados colocam em dúvida a versão da vítima e inclusivamente se houve agressão sexual”, diz Sonsoles Ónega. “Nota-se a entrada da denunciante, da sua prima e da sua amiga. Durante 20 largos minutos observa-se cinco pessoas num ambiente lúdico e festivo. Que dista muito de um contexto ou cenário de ‘intimidação ambiental’”, argumenta o advogado no recurso, citado no programa.

“As imagens falam por si”

É referido que o jogador entra sozinho na casa de banho da discoteca. “Observa-se como Dani Alves se dirige para a esquerda e entra na porta do lavabo (…) dois minutos depois a denunciante, após estar algum tempo a conversar com as suas duas amigas e um empregado, dirige-se àquela porta e entra. Sem que Dani Alves a deixasse passar ou lhe abrisse a porta. As imagens falam por si”, refere. O advogado aborda ainda o motivo pelo qual o cliente começou por negar a relação sexual. “Uma recusa inicial encontra explicação natural e rudimentar na vontade de preservar a mulher e os filhos de condutas talvez impróprias para uma relação sexual”, termina.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Reprodução Instagram

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