Administração da RTP considera histórico acordo alcançado com os sindicatos
O Conselho de Administração da RTP classificou hoje de “histórico” o acordo alcançado com todas as estruturas sindicais representadas na empresa, em comunicado divulgado ao início da noite a que a Agência Lusa teve acesso.
“O Conselho de Administração da RTP chegou esta semana a um acordo histórico com todos os sindicatos da rádio e televisão pública para efeitos salariais em 2022, bem como a revisão de alguns aspetos do Acordo de Empresa (AE), algo que não se verificava há vários anos”, assim começa o texto do CA. Este acordo, detalhou-se, vai permitir aumentos salariais de 20,50 euros para todos os trabalhadores, além de outros pontos. Entre estes estão o reforço de 25 cêntimos no subsídio de refeição sem cantina, que passa a ser de 11 euros, a inclusão no AE da dispensa do dia de aniversário do trabalhador e a atribuição de mais um dia, para um total de quatro, ao crédito de horas concedido aos trabalhadores para o exercício de trabalho voluntário em instituições sem fins lucrativos.
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O CA atribuiu o sucesso das negociações, que decorreram ao longo de sete meses, “ao sentido de responsabilidade, determinação e flexibilidade de todas as partes”, salientando na parte que lhe toca que se “trata de um enorme esforço (…), pois como é sabido não estão previstos aumentos de receitas para a RTP e a CAV (contribuição para o audiovisual) não é revista desde 2016”. Na quarta-feira, a quase totalidade das estruturas sindicais emitiu um comunicado conjunto em que “saudaram” o esforço da administração de subir os salários e o subsídio de refeição, “apesar de estas conquistas estarem longe de compensar a perda de poder de compra dos trabalhadores da RTP e de a proposta inicial feita pelos sindicatos da empresa ser superior ao acordado”.
CA atribuiu o sucesso das negociações, que decorreram ao longo de sete meses, “ao sentido de responsabilidade, determinação e flexibilidade de todas as partes”
Os sindicatos envolvidos são a Federação dos Engenheiros (FE), a Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços (FETESE), o Sindicato das Comunicações de Portugal (SICOMP), o Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Média e Serviços (SINDTELCO), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audivisual (SINTTAV), o Sindicato dos Trabalhadores do Sector de Serviços (SITESE), o Sindicato Independente dos Trabalhadores da Informação e Comunicações (SITIC), o Sindicato dos Jornalistas (SJ), o Sindicato dos Meios Audiovisuais (SMAV) e a União dos Sindicatos Independentes (USI). Antes deste comunicado conjunto, durante a tarde de quarta-feira, outro sindicato, o dos Trabalhadores de Telecomunicações (STT), também participante nas negociações, tinha emitido um texto em que considerava que o resultado alcançado “não é” o que “desejava”, nem “o que os trabalhadores da RTP mereciam”, mas, em todo o caso, considerava ser “positivo” e ir “na direção certa”.
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