Escolas causam doenças que podem ser para a vida toda, afirmam especialistas

Existem muitas escolas em Portugal em que este problema está presente.

Escolas causam doenças que podem ser para a vida toda, afirmam especialistas

Os encarregados de educação de uma pré-escola em Castelo de Paiva lutam por condições melhores nos edifícios que os filhos frequentam e prometem levar a luta até ao fim. Durante as épocas frias e húmidas do inverno muitas vezes aparecem fungos e mofos nas nossas casas. Embora seja frequente e considerado normal, a maioria das pessoas não sabe o perigo que eles escondem. A ciência desempenhou um importante papel na sua classificação e estudo e dois especialistas elucidam-nos acerca do tema.

“Os fungos são organismos eucariontes diversos e complexos, o que os levaram a adquirir um reino só para eles, além dos reinos das plantas, dos animais, das bactérias e dos protozoários. O avanço da genética molecular, ao longo do século XX, possibilitou a inclusão da análise do ADN e de análises filogenéticas na taxonomia, deixando de ser baseada somente na morfologia, o que sustenta até hoje o reino fungi”, explica Dalila, bióloga e mestre em infecciologia.

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Continuando com a explicação, Fabiano de Abreu também ele biólogo refere que “o termo mofo ou bolor é utilizado para caracterizar alguns fungos com textura de poeira e diferentes colorações quando estão a reproduzir-se. É um processo que envolve a libertação de muitos esporos e metabólitos secundários, também conhecidos como micotoxinas. No entanto, essas micotoxinas podem fornecer benefícios adaptativos aos fungos, do ponto de vista fisiológico. O ser humano aprendeu a utilizá-las para benefício próprio e de grande poder econômico nos setores farmacêutico, alimentício e da indústria química”, explica o também neurocientista.

Como referem os especialistas, a maioria dos mofos são patógenos oportunistas, amplamente dispersos em ambientes domésticos, cuja libertação dos esporos desencadeiam processos alérgicos ou agravam alergias respiratórias (asma, rinite, sinusite). Os principais e frequentes sintomas da alergia ao mofo são: espirros, congestão e corrimento nasal, tosse, coceira na garganta, irritação nos olhos.

Além da questão alérgica, vale ressaltar que a toxicidade dos mofos leva a uma resposta inflamatória crónica e até a uma reação autoimune, já que o indivíduo não consegue eliminar essas biotoxinas e acabam por se acumular no corpo, levando a um tratamento prolongado. As reações são as mais variadas como dores de cabeça, cansaço repentino, dores musculares, tosse crónica, problemas visuais. Além de estarem associadas a sintomas psiquiátricos como ansiedade e depressão, através de problemas de atenção, insónia, falta de clareza mental e perda de memória.

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Estes problemas são particularmente graves quando os mofos estão concentrados em ambientes onde as crianças passam muitas horas como as escolas e infantários. Infelizmente, ainda existem muitos estabelecimentos de ensino em que este problema está presente. Em Bairros, no concelho de Castelo de Paiva, os pais já comunicaram com a câmara e não obtiveram resposta. Foi-lhes dito que iam averiguar, mas nada foi feito. Os encarregados de educação queixam-se que os filhos estão constantemente com tosses e alergias e não duvidam que está relacionado com a questão.

Créditos: MF Press Global

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