Mercado de produtos falsificados vale mais que a economia de Portugal e Irlanda

Economia portuguesa conquistou o 7.º lugar com 372 mil milhões de euros e a da Irlanda 402 mil milhões, menos do que o mercado de produtos falsificados.

Mercado de produtos falsificados vale mais que a economia de Portugal e Irlanda

Sapatos, roupas, malas, eletrónicos: Embora a comercialização de produtos que infrinjam as leis internacionais de propriedade intelectual seja ilegal, o mercado correspondente tem-se movimentado nos últimos dois anos. De acordo com dados do relatório Global Trade in Fakes da OCDE e do EUIPO, o comércio com produtos falsificados totalizou cerca de 420 mil milhões de euros em 2019. Como mostra o gráfico no final deste artigo, comparando este valor com os números do PIB de 2019 de países e regiões selecionados da OCDE na venda de ténis, relógios e roupas falsificados é tão lucrativo quanto administrar um país europeu de médio porte, como são os casos, por exemplo, de Portugal ou Irlanda.

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Por exemplo, a economia portuguesa conquistou o sétimo lugar entre os estados membros da organização com 372 mil milhões de euros e o da Irlanda aproximadamente 402 mil milhões de euros, de acordo com dados da OCDE. Curiosamente, o tamanho do mercado do comércio de produtos falsificados também está aproximadamente no mesmo patamar do PIB de 435 mil milhões de euros de Hong Kong, responsável por cerca de 20% do valor dos produtos apreendidos entre 2017 e 2019.

Nesse período, Hong Kong e China combinaram quase 80% do volume e cerca de 90% do valor do comércio com falsificações. Turquia, Singapura e Emirados Árabes Unidos ficaram em terceiro, quarto e quinto lugar em valor, enquanto a Turquia se destacou pela contribuição de cerca de 10 por cento para o volume total de bens apreendidos. Os autores do relatório observam que isto não significa necessariamente que as falsificações terão tido origem nestas economias, mas antes que estes estados também poderiam ter servido como entreposto para estes itens.

Segundo a publicação, o comércio de produtos falsificados ou pirateados representou 2,5% do comércio mundial e cerca de 6% das importações para a União Europeia em 2019. Embora o relatório não forneça números concretos, a pandemia global também teve impacto no mercado específico, com o encerramento de fronteiras e capacidade de produção limitada, levando a um aumento do fluxo de produtos farmacêuticos falsificados e equipamentos de proteção individual, como máscaras, luvas e desinfetantes.

Infographic: Fake Goods Market Worth More Than Ireland's Economy | Statista

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