Manuel Maria Carrilho já reagiu às acusações de agressão ao pedopsiquiatra Pedro Strecht. Num comunicado divulgado no Facebook, o ex-marido de Bárbara Guimarães não só desmente o episódio, que terá ocorrido a 22 de janeiro de 2016, como acusa Strecht, que elaborou relatórios incluídos num processo sobre a promoção da proteção dos filhos do ex-casal, de mentir em tribunal e de agir “de acordo com as conivências judiciais” da apresentadora da SIC.

Leia o comunicado de Manuel Maria Carrilho na íntegra:

“O Jornal de Notícias de hoje publicou, com chamada de 1ª página, uma notícia intitulada ‘Carrilho acusado de agredir psiquiatra’. Trata-se de Pedro Strecht, pedopsiquiatra cuja actuação de conúbio com a minha ex-mulher denunciei em tribunal, em Janeiro de 2016, actuação que visava descredibilizar os depoimentos feitos pelo meu filho no Tribunal Criminal de Lisboa em janeiro de 2015, e no Tribunal de Menores, em janeiro de 2016, declarações que infelizmente tiveram ampla divulgação pública, e cuja autenticidade foi certificada por técnicos do Instituto de Medicina Legal, contrariando assim frontalmente um relatório de P. Strecht que, depois de uma única consulta, ele se dispôs a fazer de acordo com as conveniências juduciais da minha ex-mulher, e mentindo sem escrúpulos sobre a situação do meu filho.

Para lá do título, o artigo contém várias falsidades que não constam do processo, mas que a jornalista apresenta como se constassem, como na ocasião e local próprios se demonstrará.

É importante acrescentar que a própria assistente de Pedro Strecht, ali presente e indicada como testemunha, afirmou no processo (de resto, ainda em período de instrução) nada ter visto. Mas mais importante ainda é o facto de as outras duas únicas testemunhas de Pedro Strecht nesta falsa acusação serem …o Dr. Pedro Reis, advogado da minha ex-mulher, e a sua filha Inês Reis. O que, a meu ver, diz tudo sobre a intenção e a credibilidade desta falsa acusação.

Por fim, não será certamente por acaso que esta peça surge um dia depois de o Ministério Público ter pedido a minha absolvição num processo análogo, em que a irmã e o cunhado da minha ex-mulher me acusavam – para não variar – de agressões e de injúrias”

Processo divulgado no site da Procuradoria

O requerimento de julgamento no âmbito das alegadas agressões do antigo ministro da Cultura ao pedopsiquiatra Pedro Strecht está disponível no site da Procuradoria Distrital de Lisboa. Se o processo seguir os trâmites habituais, depois de ser notificado, Manuel Maria Carrilho dispõe de 20 dias para pedir a abertura de instrução (pode apresentar provas, relatórios para refutar as alegações pelas quais é arguido).

Após esse prazo, o processo segue para julgamento. Após ser divulgada a data da audiência, Carrilho terá 30 dias para apresentar a sua defesa por escrito.

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