Glória Maria, um dos ícones da televisão brasileira e jornalista da TV Globo, morreu nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, no Rio de Janeiro, aos 73 anos, noticiou em primeira-mão em Portugal a nossa revista VIP. A causa de morte não foi divulgada, mas a jornalista tinha sido diagnosticada há quatro anos com cancro do pulmão.

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Este tipo de tumor maligno – e as suas tão faladas metástases – é “um dos que mais se podem espalhar pelo corpo até atingir o cérebro”, elucida Fabiano de Abreu Agrela, neurocientista que colabora com o Portal de Notícias em temáticas de saúde. “O cancro do pulmão é um dos que tem maior probabilidade de espalhar até ao cérebro”, diz.

“Aproximadamente 10% dos pacientes com cancro do pulmão de células não pequenas (NSCLC) têm metástases cerebrais no diagnóstico inicial e até 40% acabarão por desenvolver tumores cerebrais durante a doença”, regista. “Diferente do cancro cerebral, que se origina no cérebro e consiste em células cancerígenas cerebrais, as metástases cerebrais do cancro do pulmão ocorrem quando as células cancerígenas se desprendem do tumor nos pulmões e entram na corrente sanguínea ou viajam pelo sistema linfático até ao cérebro, onde se multiplicam”, emenda.

Segundo o especialista, à medida que os tumores cerebrais metastáticos crescem, podem danificar diretamente as células ou afetar o cérebro indiretamente, comprimindo partes dele ou causando inchaço e aumento da pressão dentro do crânio. Os primeiros sinais de alerta podem ser subtis e facilmente atribuídos a outras causas, incluindo quimioterapia.

Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro. Filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, estudou em colégios públicos e sempre se destacou. “Aprendi Inglês, Francês, Latim e vencia todos os concursos de redação da escola”, lembrou, na rubrica do canal de televisão que sempre foi a sua casa, a Memória Globo.

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