Angelina Jolie critica Donald Trump
A atriz criticou as políticas migratórias do presidente dos Estados Unidos, salientando que as decisões deveriam ser tomadas “com base em factos e não em resposta ao medo”
O artigo de opinião de Angelina Jolie, publicado sobre a forma de carta aberta, foi divulgado no site do The New York Times e nele a atriz referiu-se explicitamente à polémica ordem executiva assinada pelo presidente dos Estados Unidos com o fim de lutar contra o terrorismo islâmico.
O decreto que suspendia a entrada de todos os refugiados durante 120 dias, assim como a concessão de vistos por 90 dias a sete países de maioria muçulmana (Líbia, Somália, Sudão, Síria, Irão, Iémen e Iraque) foi entretanto suspenso por um juíz federal, James L. Robert, mas as palavras de Angelina Jolie ainda fazem eco em todo o mundo.
“A crise global de refugiados e a ameaça do terrorismo fazem com que seja completamente justificável que consideremos como proteger as nossas fronteiras da melhor maneira”, reconheceu a atriz. “Cada governo deve equilibrar as necessidades das suas cidades com as suas responsabilidades internacionais. Mas a nossa resposta deve ser medida com base em factos e não em resposta ao medo”, acrescentou.
“Não é certo que as nossas fronteiras sejam ultrapassadas ou que os refugiados sejam admitidos nos Estados Unidos sem um estreito escrutínio”, comentou Angelina Jolie na carta aberta.
Angelina Jolie é a enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), e na sua missiva parafraseou o anterior presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan: “Os EUA estão comprometidos com o mundo porque grande parte do mundo está dentro dos EUA, pelo que devemos analisar as causas da ameaça terrorista, os conflitos que dão espaço e oxigénio a grupos como o Estado Islâmico, e a desesperança e rebeldia das quais se nutrem. Temos que formar uma causa comum com gente de distintas fés e origens que luta contra a mesma ameaça e procura a mesma segurança”.
Fotos: Reuters
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