O irmão mais novo de Mel Gibson deixou graves acusações ao consagrado ator. Donal Gibson, de 65 anos, diz que foi colocado numa lista de nomes a serem evitados em Hollywod por “pecados do irmão”. Se no início a boa relação dos dois era notória, até porque Mel foi diretor e contracenou com o irmão no filme vencedor do Óscar Braveheart, atualmente está bem longe de ser pacífica. De acordo com Donal, o filme A Paixão de Cristo foi um dos principais motivos do afastamento.

Apesar de deter o título de filme independente com maior receita de bilheteira, arrecadando 565 milhões de euros, Donal explica porque foi “um desastre”. Quando o filme original foi lançado em 2004 foi apontado por muitos como sendo anti-semita pelo retrato dos judeus e criticado pela extrema violência. “Estava a ter trabalho regular antes mas acho que as pessoas pensaram que o Mel era um anti-semita e por isso pensaram que eu também era. Acho que fui colocado numa lista negra. O Mel estava bem porque tinha milhões a entrar no banco”.

“Odeio aquilo em que se tornou”

“Mel e eu já fomos tão próximos que acho inacreditável que não nos falemos, que não estejamos em contacto”, diz Donal. “Quando éramos miúdos, partilhávamos um quarto, fazíamos tudo juntos. Quando veio para Los Angeles, segui-o. Só tem mais dois anos do que eu, por isso era o meu irmão mais velho, o meu melhor amigo. Quando se tornou famoso, não houve ciúmes. Estava feliz por ele, orgulhoso por ter conseguido. A fama mudou-o. Começou a acreditar na sua própria publicidade. O Mel que eu conhecia desapareceu. Hollywood comeu-o e cuspiu-o fora. Para mim, a fama, o dinheiro, tudo isso subiu-lhe à cabeça e criou um monstro. Odeio aquilo em que se tornou”.

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Fotos: Reprodução

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