Aos 65 anos, Maitê Proença continua a ter poucos filtros no seu discurso. Desta vez falou da sua bissexualidade e diz que quem “varia, amplia”. Maitê abre também o livro sobre a sua bissexualidade, recomenda, e aborda também o consumo de drogas e a sua relação com elas.

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Numa entrevista à revista brasileira, Veja, Maitê conta como foi namorar pela primeira vez com uma mulher, a cantora Adriana Calcanhotto, com quem manteve uma breve relação o ano passado. “Eu estava com um ser humano. Por acaso aquele ser humano era um ser humano feminino, e aí eu gostava das características daquele ser humano, que era mulher”, conta.

A atriz diz que foi apenas isso e que não quer colocar rótulos em nada. “As pessoas que façam isso. Eu sou livre”, prosseguiu. Maitê Proença não nega que namorar com homens ou mulheres é diferente, mas não necessariamente mau. “Há diferenças sim. Por isso que é bom, você varia, amplia”, disse.

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Sexualidade à parte Maitê falou da sua experiência com as drogas e explica que, quando era mais nova, “as drogas eram uma forma de autoconhecimento. Elas não estavam ligadas ao tráfico, a gente não sabia, tinha um peso menor nessa coisa das guerras do tráfico. Era uma coisa da era hippie”, analisou.

Sobre o consumo, na altura experimentou, mas hoje, revelam, “nem sei o que as drogas de hoje fazem, porque as que experimentei, não tenho muita prática, foi uma ou outra, nem sei se gostei. Naquela época, elas faziam sentido e, de fato, cumpriram o objetivo de ampliação sensorial e até intelectual, da compreensão do outro”, disse.

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A polémica atriz, que há alguns anos publicou um vídeo a cuspir numa fonte no Mosteiro dos Jerónimos, diz que naquela altura “era muita caretice não experimentar, a pessoa tinha que estar muito fechada em si, feito uma ostra. Por que é errado? Você já experimentou? Sempre é a ignorância que faz com que as pessoas julguem algo que elas não conhecem”, prosseguiu.

Apesar das experiências, Maitê contou que sempre foi muito fraca para drogas e álcool. “Meu corpo não dá conta. Hoje em dia minha droga é a saúde, gosto mais. Até gosto de beber, mas tem que ser bem pouquinho. Se eu beber mais de uma taça de vinho, não durmo direito. Já usei canabidiol (derivado da Cannabis) para dormir e acho super boa ideia”, aconselha.

A atriz disse mesmo que tem de se “liberar tudo, deixar as pessoas verem o que elas precisam”. “Tudo poderia se beneficiar pelo bom uso, e o bom uso é o uso regulamentado.”

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