Dwayne Johnson – a quem, por razões óbvias, chamam The Rock – é um dos atores de Hollywood que mais fatura em bilheteria e o mais bem pago do mundo, de acordo com a revista Forbes. Com um cachê de 58 milhões de euros por ano, está à frente de Jackie Chan e Matt Damon. Mas na vida de Dwayne, muita coisa mudou desde que tinha 23 anos, em 1995. No bolso tinha 7 euros e dormia num colchão que encontrou na rua.

A namorada tinha-o deixado e ele passava por uma depressão, depois de o treinador lhe ter dito que a sua carreira como jogador de futebol profissional não iria prosperar. Teve de pedir ao pai, igualmente pobre, que lhe pagasse a passagem de regresso a casa porque não tinha condições de ser ele a pagá-la.

Hoje, aos 44 anos, é a maior estrela de Hollywood e a terceira pessoa no mundo com mais seguidores no Instagram, depois de Justin Bieber e de Cristiano Ronaldo, com mais de 60 milhões de fãs, a quem diverte com fotos e vídeos originais: das filmagens, do quotidiano e do seu difícil passado. A família tinha uma longa tradição como lutadores nos desportos de luta e Dwayne voltou para a cidade natal para juntar-se à atividade, ao lado do pai. Lutou por 30 euros por noite em feiras, convenções e em todas as competições a que deitava a mão. Peter Maivia, o avô, foi um grande wrestler originário de Samoa, por isso elegeu como nome artístico Rocky Maivia, mas acabou rejeitado pelo público, por fazer sempre papel de bom.

Em 1997, mudou a personagem e reinventou-se como The Rock. O carisma e o humor que o caracterizam aliados aos seus 2 metros e 120 quilos levaram-no a tornar-se numa estrela no mundo do wrestling na World Wlresting Entertainment (WWE) e, depois, no cinema, já que no auge da popularidade como lutador assinou o seu primeiro filme O regresso da Múmia, em 2001. O sucesso do filme levou-o a filmar o primeiro papel principal, um ano depois, em O Rei Escorpião, e, embora tenha tentado mudar a aparência e procurar tornar-se num “verdadeiro ator” a conselho do agente e melhor amigo, falhou.

The Rock aceitou por isso a sua aparência original, demitiu o amigo e decidiu concentrar-se de novo em aprimorar a personalidade e aquilo que o torna único: o seu físico escultural e o carisma. Apesar das lesões sofridas pelas exigências do treino, soube sempre recuperar-se das quedas. E foi assim que voltou em estilo – Viagem ao Centro da Terra 2: A Ilha Misteriosa (2012), G.I. Joe, Revenge (2013), Fast & Furious 6 (2013) e Fast & Furious 7 (2015) foram os filmes que o colocaram de novo no topo e que o levaram a fundar a sua própria produtora, a Seven Bucks Productions, em homenagem aos 7 euros que tinha como único capital aos 23 anos.

Casado com a cantora Lauren Hashian, têm uma filha, Jasmine, que frequentemente fotografa para o Instagram, mostrando o seu lado mais doce como pai. Tem outra filha de um casamento anterior com Dany García, Simone. A atividade de Dwayne Johnson não se esgota, porém, na representação, e tem manifestado frequentemente o interesse pela política e em como “melhorar a vida de milhões de pessoas”. Talvez seja por isso que fundou a Dwayne Johnson Rock Foundation, organização que cuida de crianças com doenças terminais.

“Cresci num lugar onde se uma porta se fechasse nenhuma janela se abriria. Havia apenas pequenas lacunas e fiz o que foi necessário para me esgueirar: arranhar, cortar, morder, empurrar, sangrar. Agora, chegou minha oportunidade. A porta abriu-se e é tão grande quanto um portão, diz Dwayne.

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