Ana Patrícia Carvalho obrigada a fazer três operações para evitar cancro
Ana Patrícia Carvalho teve de fazer três cirurgias para retirar células cancerígenas do útero. “A isto estava associado um vírus, o Papilomavírus Humano”, explicou em entrevista a Júlia Pinheiro.
Ana Patrícia Carvalho foi entrevistada por Júlia Pinheiro, no programa das tardes da SIC e desabafou sobre um problema de saúde ginecológico que a assustou e fragilizou. A jornalista da SIC começou por recordar o momento da sua vida quem que teve uma baixa imunitária muito grande e a médica que a acompanhava percebeu que alguma coisa não estava bem, “mas não se chegava lá”. Tempos depois foi diagnosticada com células cancerígenas no colo do útero.
“Andámos ali às voltas durante um período. Pode dizer-se que fui alvo de negligência médica”, contou o rosto da informação do canal de Paço de Arcos. Resolveu pedir uma segunda opinião e ficou incrédula quando a nova ginecologista lhe perguntou há quanto tempo não ia ao médico. “Eu disse: ‘Como? 15 dias ou um mês’. Descobrimos que tinha células cancerígenas no colo do útero, que teriam de ser retiradas, teria de fazer uma intevenção”.
Nessa altura, Ana Patrícia Carvalho ficou assustada sem saber o motivo da doença. “Senti-me uma espécie de alien.. Aconteceu porque a imunidade baixou? Enfim, sobretudo porque perdi os meus avós com cancro. Tudo o que seja falar de coisas malignas, para alguém que já lidou com esta doença [cancro], coloca ali um travão”.
A jornalista da SIC foi submetida a uma primeira intervenção, mas a doença continuou, tendo sido necessário fazer mais duas cirurgias. “Tinha uma prevalência grande. A isto estava associado um vírus, o Papilomavírus Humano (HPV), que é da máxima importância e ainda tem um desconhecimento, uma desinformação. Eu diria até um estigma e um preconceito, sendo associado a uma vida boémia, que não é o meu caso”, afirmou Ana Patrícia Carvalho, salientando que esta não é uma doença exclusiva das mulheres: “Os homens é que são os portadores e este ano a vacina entrou no Plano Nacional de Vacinação dos homens, até então era só para raparigas”.
Ciente de que a pandemia deixou milhares de rastreios por fazer, Ana Patrícia Carvalho deixou um alerta: “É importante ir ao médico. É a diferença entre ter um diagnóstico mau, mas precoce, a tempo de ser resolvido, ou não. No meu caso, seis meses depois, não havia muito a fazer. Tive sorte de conseguir ir a tempo”.
Texto: Carla S. Rodrigues; Fotos: Reprodução redes sociais e reprodução SIC
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