Ana Rita Clara esteve, na manhã desta terça-feira, 16 de junho, no programa “Dois às 10” e falou da sua mudança da SIC para a TVI. A apresentadora esteve visivelmente emocionada ao longo de toda a conversa com Maria Botelho Moniz e Cláudio Ramos e não conteve as lágrimas quando recebeu mensagens da mãe e do irmão. “Estive na SIC ia fazer 16 anos. Foram quase 10 anos naquele talk-show, que primeiramente foi o ‘Mais Mulher’ e depois o ‘Faz Sentido’, onde cresci muito. Estou muito grata, mas os ciclos terminam”, começou por dizer.

Ana Rita Clara: “Não me custa a mudança”

A seguir, Cláudio Ramos questionou a agora colega se lhe tinha custado a mudança: “Não me custa a mudança, mas não podemos dizer que é das coisas mais simples da vida. Não é. Tirarem-te da tua zona de conforto é uma coisa muito complexa. Não é fácil, nada é fácil. Sentes-te sem chão, sem direção, pões-te em questão, questionas-te, duvidas de coisas que fizeste, de decisões lá de trás…”

Ana Rita Clara estava sem gravar novos programas para a SIC Mulher há cerca de dois anos, mas, à pergunta de Maria Botelho Moniz se alguma vez tinha duvidado que a comunicação seria o seu caminho, garantiu: “Nunca. Seja de que forma for e em que formato. O que aconteceu foi o terminar de um capitulo, que é o normal e que acontece em qualquer área de trabalho. A isso acrescenta toda a emoção e toda a dificuldade do momento que atravessamos, que foi a pandemia. Mas, para mim, foi fundamental, porque deu para parar, deu para refletir, deu para recentrar, deu também para, ao final de tantos anos a fazer o mesmo formato, eu também me querer reencontrar, também querer criar coisas novas, criar formatos com que de facto de identifico, que são também uma outra televisão”.

Durante o tempo em que esteve parada, a apresentadora aproveitou para criar um formato da sua autoria. “Eu já tinha o produto na mão e pensei ‘é agora, é agora que tenho de o mostrar’. E aí é quando tens um grupo tipo Media Capital e TVI que acredita como tu e que diz ‘este é um formato em que nós nos revemos e queremos que faça parte desta nossa televisão de futuro’. E começa aí a ligação”, disse, levantando um pouco o que véu do que os telespectadores poderão ver em breve: “É uma série documental, muito especial, que sai do coração. Sou autora e apresentadora, mas é muito mais das pessoas e das emoções”.

Ana Rita Clara assume que tem medo

No decorrer da conversa, Cláudio Ramos perguntou a Ana Rita Clara se tinha medo. “Sempre. O medo faz parte de tudo. Mas, mais do que medo, é aquela inquietude de borboleta do ‘vai, não vai’… Parece que não é real, se não houver um nervozinho por trás”, afirmou, acrescentando: “Mas havia uma linha condutora e isso foi muito importante para mim nestes últimos dois anos, uma fé incrível no que estava a fazer. E claro, quando a TVI me deu o ‘ok’ para este projeto, senti-me mais confortável.

Logo a seguir, a nova contratação da TVI recebeu uma mensagem em vídeo da mãe, Orlanda Clara, e do irmão, Luís Clara, e não conteve as lágrimas. “A minha família é tudo. Tem estado comigo em todos os momentos. Nem preciso de dizer que nesta altura, o apoio foi enorme (…) Estou muito emocionada. O que é que nós somos sem a nossa família?”

Apesar de já não estar a gravar o formato “Faz Sentido” há cerca de dois anos, Ana Rita Clara manteve-se no ecrã da SIC Mulher até à semana passada. Os episódios do talk-show – repetições – eram transmitido de manhã, segundo consta nas grelhas do canal. “Mesmo sem gravar, ela estava no ar. A SIC só deixou de dar as repetições do programa quando foi anunciado oficialmente a contratação da Ana Rita Clara pela TVI”, contou à NOVA GENTE fonte da estação de Paço de Arcos.

Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: D.R

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