António Raminhos já começou as mudanças para a casa nova, mas, em altura de pandemia, a logística torna-se bem mais difícil do que o suposto. Catarina Raminhos, mulher do humorista, explica como tem decorrido todo este processo.

«Começámos a mudança para a casa nova. E, enquanto arrumo livros atrás de livros na estante, penso que se tudo correr bem este cenário há-de durar para sempre (mas sem os caixotes): havemos de ter a paz lá fora e o caos cá dentro. Mas penso também noutra coisa. Que estamos a fazer a mudança só os dois, com três crianças “atreladas”, porque (ainda) temos medo deste vírus. De estar em contacto com outras pessoas e de tê-las a mexer nas nossas coisas», explica, mostrando-se receosa.

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«Sinto-me como aquela personagem do filme que está a começar a andar depois de uma explosão e que vem a cambalear, zonza, pelo meio do fumo, a tentar perceber o que aconteceu enquanto se esforça para abrir os olhos. Isto pode parecer um exagero- e se calhar até é – mas é exactamente como me sinto. Que se não fosse esta mudança que tem mesmo de acontecer agora, o meu mês de maio seria igual ao de abril e ao de março. Que as miúdas continuam connosco em casa. Que tenho medo que baixemos todos a guarda. Acho que (ainda) tenho medo deste vírus. Já disse isto, não já?», acrescenta.

Raminhos refugia-se no quarto

De forma mais descontraída, António Raminhos mostra como está a reagir à quarentena, dois meses depois de estar fechado em casa com as três filhas: Maria Rita, de nove anos, Maria Inês, de sete, e Maria Leonor, de três. O humorista partilhou uma fotografia, onde surge sentado num cantinho, com o computador no colo.

«Esta foto, tirada pela Catarina, espelha bem o caos da quarentena. Fechados em casa e com mudanças a decorrer, três miúdas aos berros na sala… Foi o único sítio possível para escrever. Depois é normal que só diga bosta», brincou.

Texto: Joana Dantas Rebelo, Fotos: Redes Sociais

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