Luciana Abreu esteve este sábado no Alta Definição, com Daniel Oliveira, e falou pela primeira vez sobre o parto das gémeas. A cantora de 32 anos mostrou-se emocionada a afirmou que as três estiveram em risco de vida. Luciana afirma que já consegue dormir descansada mas que sofreu muito.

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«Tive uma gravidez muito desejada, pensávamos que era um menino», começou por contar. Rapidamente o sonho se tornou num pesadelo e a atriz começou desde cedo a sofrer complicações: «Tive cinco crises renais, a primeira delas num comboio intercidades. Três horas presa a pensar que as ia perder. Foi terrível.»

Mais tarde, com apenas 29 semanas de gestação, Luciana recebe a notícia que viria mudar a sua vida. As gémeas sofriam com síndrome transfusão feto-fetal e teriam de nascer de imediato ou poderiam morrer juntamente com Luciana. A agravar o problema não havia incubadoras vagar na Maternidade Alfredo da Costa nem no Hospital de Cascais. Luciana poderia ter de ser transferida para Coimbra.

«Deram-me 24 horas para as ter. Podíamos morrer as três. Foi um momento muito dramático para toda a família. O Daniel completamente desnorteado atrás da ambulância e… obra de Deus, ligam-me a dizer que na maternidade Alfredo da Costa ficaram livres duas incubadoras. Nós podíamos as três não chegar a tempo», revelou.

Valentine, a primeira bebé a nascer, alimentava a irmã e corria perigo de vida. (Saiba tudo sobre o Síndrome de transfusão feto-fetal aqui!). «A Valentine estava a alimentar a irmã. Há a recetora e a dadora… A Valentine já sem liquido amniótico, com o líquido da irmã já dentro da barriguinha e do coração», revelou em lágrimas.

«Sentia dor, o meu útero estendeu três vezes e não é permitido o pai estar presente na sala de partos. Quando eu o vejo, eu percebi de facto que não podia mais sair dali», a atriz e as gémeas passaram por momentos delicados na sala de partos. «A Valentine nasceu primeiro, ela nem chorou. Quando a vi pensei que é a primeira e última vez que estou a ver.»

Luciana admite que ver as filhas naquele estado lhe deu uma profunda sensação de impotência.

«Eu tenho-as e não posso pegar nelas. Foi a minha maior dor.»

A bebé que mais sofreu foi a «dadora», ou seja, Valentine. «Ela não era roxa sequer, ela era cinzenta escura. Era ossos», conta de forma angustiante.

Atualmente Valentine e Amoor já se encontram em casa e a cantora afirma: «Sou uma mulher feliz».

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