Atriz de “Morangos com Açúcar” recorda aneurisma aos 25 anos

Margarida Martinho e a irmã gémea, Mariana, ficaram conhecidas quando participaram na série “Morangos com Açúcar”. A primeira sofreu um aneurisma aos 25 anos.

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Passaram-se seis anos desde que Margarida Martinho, que com a irmã gémea Mariana participou na série “Morangos com Açúcar“, da TVI, sofreu um aneurisma cerebral.

As duas estiveram esta manhã no programa “Casa Feliz“, da SIC, e à conversa com João Baião e Diana Chaves recordaram o dia em que tudo aconteceu e uma frase de um médico que Margarida nunca esquecerá.

“Quando eu tive o primeiro sintoma do aneurisma, não tive tempo para ser diagnosticada. No momento da rutura, tive a pior dor de cabeça da vida. O que é diferente da dor de cabeça normal é a intensidade“, começa por dizer a ex-atriz.

Margarida estava no ginásio, sem telemóvel. Tinha-o deixado, naquele dia, numa loja para que fosse trocada a bateria. Teve de se deslocar até ao local e só então conseguiu ligar à irmã e contar-lhe o que estava a sentir.

Acabou por apanhar um táxi e ir de imediato para um hospital. “Foi uma viagem com vários percalços. Ela teve vómitos, era o taxista que falava comigo”, recorda a gémea Mariana.

Margarida garante ter percebido, logo naquele instante, que a dor que sentia não era apenas uma enxaqueca, mas nunca ponderou que fosse um aneurisma cerebral, mesmo tendo a mãe passado por esse diagnóstico.

Aliás, os médicos da unidade de saúde no Reino Unido na qual deu entrada, também só o descobriram quando Mariana lhes contou que a mãe de ambas também tinha sofrido uma dilatação num dos vasos sanguíneos que levam o sangue ao cérebro.

“O aneurisma é muito difícil de diagnosticar, mesmo quando há uma rutura”, diz. “A maior parte das pessoas não sobrevive“, completa.

«O meu caso foi um milagre»

“Agora já falo disto a rir, mas há uns anos não conseguia”, admitiu Margarida. O caso da irmã é diferente: “Dificilmente falo sem me emocionar. Ela não estava com os sentidos todos apurados, mas eu estava ali a viver muito mais o que se estava a passar”, admite Mariana.

O sucesso da recuperação tem a ver com a rapidez da resposta e esse foi o “milagre” da jovem, que teve de ser operada assim que recebeu o diagnóstico.

Nessa altura, ainda antes da intervenção cirúrgica, Margarida ouviu uma frase que a marcou: “Quando se fala de um aneurisma não há muito a dizer. A minha família estava muito ciente do risco. O médico disse-me que as possibilidades de a cirurgia correr bem eram muito reduzidas. Mas não havia alternativa“, sublinha.

Os pais das gémeas, que estavam em Portugal, viajaram de imediato para Inglaterra. A notícia foi-lhes dada por Mariana, via chamada telefónica. “Foi uma gestão emocional muito, muito complicada para mim Tive de lidar com muita coisa, tive de ser muito forte e de me aguentar”, lembra.

Hoje, Margarida faz uma “vida completamente normal“, apenas com “alguns cuidados acrescidos”. Sobre o passado, gostava apenas de “ter perdido a consciência” quando tudo aconteceu. “Foi uma dor muito forte que eu tive de suportar”.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução SIC e Instagram

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