Aumentos em 2018: entre no novo ano com a carteira apertada!
O pão, o leite e o tabaco vão aumentar. Mas não só. Veja que outras coisas vão sofrer uma atualização de preços e como isso se vai sentir na sua carteira
A chegada de 2018 traz alterações nos preços de vários bens e serviços, sendo esperados aumentos nos transportes, nas rendas de casa nas portagens, no pão, no leite e no tabaco. Veja o que por aí vem e descubra como pode evitar perder dinheiro no próximo ano.
Leite
O preço do leite pode aumentar até 5%, devido aos efeitos da seca.
Pão
Também aqui o preço sobe, e pode subir muito, reflexo dos aumentos dos combustíveis, eletricidade e atualização do salário mínimo. A subida pode ser de 20%. Ou seja, uma carcaça passará a custar 0, 16 cêntimos no Porto e 0,24 em Lisboa.
Azeite e ovos
Pelos mesmos motivos será agravado o preço do azeite, que pode passar a custar mais 29,6%, assim como dos ovos, cujo o aumento está previsto ser de 22,9%.
Refrigerantes
O imposto a pagar pelas bebidas açucaradas vai aumentar cerca de 1,5% a partir de 2018.
Telecomunicações
As operadoras de telecomunicações Vodafone, Nowo, NOS vão manter no próximo ano os preços cobrados, assim como a Meo, que não altera os valores para os serviços fixos, mas atualiza alguns tarifários móveis pós-pagos.
Eletricidade
As tarifas de eletricidade no mercado regulado vão baixar 0,2% para os consumidores domésticos a partir de 1 de janeiro, o que representa uma diminuição de nove cêntimos numa fatura média mensal de 45,7 euros.
Ao invés, a EDP Comercial, irá aumentar, em média, 2,5% as faturas. Na prática, uma fatura média mensal de 43,1 euros vai aumentar um euro, para 44,1 euros. A mudança começa a ser sentida a partir de 18 de janeiro.
As empresas privadas, como a Endesa, ainda não disseram o que iam fazer.
Já a tarifa social da luz continuará a representar um desconto de 33,8% face às tarifas transitórias de venda a clientes finais (antes do IVA e outras taxas), isto é, os preços de referência do mercado regulado, mas os consumidores economicamente vulneráveis que já estão no mercado livre também beneficiam desta redução.
Gás
A atualização tarifária só acontece em 1 de julho para os consumidores que se mantêm no mercado regulado.
Água
O preço da água vai manter-se inalterado em 2018.
Tabaco
O aumento do Imposto sobre o Tabaco previsto na proposta de Orçamento do Estado para 2018 pode significar uma subida até 10 cêntimos por maço.
Combustível
O ano de 2018 vai começar com um aumento do gasóleo e da gasolina. No caso do diesel, a subida será até 1,5 cêntimos; na gasolina, até 1 cêntimo por litro. Nos Açores, o aumento será de três cêntimos em cada.
Transportes
O preço dos bilhetes dos transportes públicos vai aumentar num máximo de 2,5%, embora os cartões Lisboa Viva, Viva Viagem/7 Colinas e Andante não sofram aumentos. Já na Rodoviária, na Carris e STCP, transportes fluviais e comboios urbanos e suburbanos em percursos inferiores a 50 quilómetros o aumento máximo será de 2%.
Continuam em vigor os descontos de 25% do passe de transportes para os estudantes entre os 4 e os 18 anos, que será alargado a todos os alunos, mesmo aos que não têm apoio social; e o passe sub23, dirigido aos estudantes do ensino superior até aos 23 anos, que foi alargado aos serviços de transporte coletivo de passageiros autorizados ou concessionados pelos organismos da administração central e regional, bem como aos serviços de transporte de iniciativa dos municípios, com um benefício igualmente de 23%.
Automóveis
Comprar um carro novo vai ser mais caro, devido ao agravamento do Imposto sobre Veículos (ISV). A subida média é de 1,4%, ficando abaixo dos 3% do ano anterior. Também o Imposto Único de Circulação (IUC) vai aumentar em média 1,4%. O executivo decidiu manter as taxas adicionais de IUC e ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP).
Portagens
O aumento irá rondar 1,42% em janeiro. As portagens que sofrerão atualização terão um ajustamento, em média, de 0,05 euros nos veículos de Classe 1. No caso das concessões Norte e Grande Lisboa, haverá alteração em 34% das taxas de portagem, o que implica aumentos em 41 troços.
Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)
As taxas de IMI vão manter-se entre 0,3% e 0,45% para os prédios urbanos. No caso dos prédios rústicos, a taxa aplicável é de 0,8%.
Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT)
Os prédios rústicos são taxados a 5%, os prédios urbanos destinados exclusivamente a habitação própria e permanente têm uma taxa entre 0% e 6%, os prédios urbanos destinados exclusivamente à habitação têm uma taxa entre 1% e 6%, e os prédios urbanos não destinados exclusivamente à habitação e outras aquisições onerosas têm uma taxa de 6,5%. Já os prédios (urbanos ou rústicos) ou outras aquisições cujo adquirente seja residente em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável têm uma taxa de 10%.
Rendas de casa
As rendas irão aumentar cerca de 1,12% do valor dos arrendamentos. É o maior aumento desde 2013, correspondendo a 1,12 euros por cada 100 euros de renda.
Salário Mínimo Nacional
Em 2018, o salário mínimo nacional chega aos 580 euros, mais 23 euros do que era auferido pelos trabalhadores este ano.
Pensões
As pensões vão aumentar entre 1% e 1,8% em janeiro.
Subsídio de desemprego
O subsídio de desemprego vai deixar de ter o corte de 10% que estava a ser aplicado após 180 dias a receber a prestação social.
Abono de família
O abono de família vai voltar a aumentar no próximo ano para as crianças até 36 meses, no âmbito da medida que entrou em vigor em 2017 e que estabelece uma subida gradual desta prestação familiar até 2019. Assim, as crianças até 12 meses que se encontram no primeiro escalão de rendimentos passam a receber por mês 148 euros (contra os atuais 146 euros), entre 12 e 36 meses recebem 92 euros no primeiro semestre (contra os atuais 73) e 111 euros no segundo semestre.
Já no segundo escalão de rendimentos, o abono será de 122 euros para crianças até 12 meses (contra 121 euros atuais), de 76 euros entre 12 e 36 meses no primeiro semestre (passando para 92 euros no segundo semestre). No terceiro escalão, os valores são de 96 euros para crianças até 12 meses, de 62 euros entre 12 e 36 meses no primeiro semestre, aumentando para 73 euros na segunda metade do ano. As crianças que se situam no quarto escalão terão direito a receber no primeiro semestre do ano 29 euros (contra os atuais 18,9 euros) e no segundo semestre 38,27 euros.
Rendimento Social de Inserção (RSI)
Ao nível do Rendimento Social de Inserção (RSI), segundo o Orçamento do Estado para 2018, serão repostos mais 25% dos cortes que foram aplicados pelo anterior governo. O valor de referência desta prestação social é atualmente de 183,84 euros, mas o montante mensal não é fixo.
Complemento Solidário para Idosos
O valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI) será atualizado a partir de 1 de janeiro e quem se reformou antecipadamente a partir de 2014, com fortes penalizações nos últimos anos, poderá aceder a esta prestação social, independentemente da idade.
Fotos: DR
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