Betty Grafstein Afinal, vem de origens humildes e não é Lady: “Obra de ficção”

Betty Grafstein não tem ‘origens’ de lady como sempre fez querer parecer. A confissão chegou do próprio filho e os registos de recenseamento confirmam-no.

Numa reportagem levada a cabo pela Variety que ‘desenterrou’ o passado de Betty Grafstein ficou-se a saber que, afinal, a joalheira não tem qualquer título de lady/dama. Foi o próprio filho Roger Basile quem o confirmou, acrescentado que é uma “obra de ficção de José Castelo Branco“.

“Os meus avós eram pessoas simples”, começou por explicar Basile sobre a família da mãe. “Visitei-os uma vez na sua pequena casa no campo.” O pai adotivo de Betty, que o casal dizia ser dono da revista masculina The Yachtsman, era afinal tipógrafo, assegura Basile. Os registos de recenseamento confirmam-no. A avó adotiva, que teria sido dama de companhia da Rainha Maria, não o foi. O marido geria um bar.

“Fantasista perturbado”

Mas afinal como surgiu o título? Terá sido graças a um conselheiro irlandês de relações públicas e consultor diplomático chamado Anthony Bailey, presença assídua nas festas de José e Betty ao longo dos anos,

Como explica a Variety, “Bailey ajudou a reavivar a Sagrada Ordem Militar Constantiniana de São Jorge e a Real Ordem de Francisco I, uma ordem de cavalaria católica. A sociedade concedeu os seus próprios títulos honoríficos, como “Dame”, a pessoas como Margaret Thatcher e, em 2001, Betty Grafstein”, lê-se.

“A noção de que a entrada da Sra. Grafstein numa ordem de caridade italiana, agora caduca, em 2001, permitiu a José afirmar, 23 anos mais tarde, que ela era uma dama ou senhora britânica, é claramente o delírio de um fantasista perturbado”, sublinhou Bailey. 

Roger Basile assegura que a mãe nunca “nunca se fez passar por mais do que era”. Porém, “alinhou” nesta história “porque gostava da atenção”.

Texto: Tomás Cascão; Fotos: Arquivo Impala & Redes sociais

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