Big Brother Equipa de concorrente não-binária emite comunicado após polémicas
Jacques Costa, concorrente do Big Brother que se assume como pessoa não-binária, tem gerado alguma confusão. A equipa da jovem tentou esclarecer o tema.
Jacques Costa tem 23 anos, entrou este domingo na casa do ‘Big Brother’ (TVI), assumindo-se como pessoa não-binária. Durante uma curta conversa com Cláudio Ramos no Confessionário explicou que gostaria de ser tratada pelo género feminino. “Ela, a Jacques”.
Na sua apresentação, revelou que se licenciou em Relações Internacionais e está a viver um ano de “autodescobrimento”. Acredita que a sua presença no Big Brother pode ajudar a mudar mentalidades. Vive com o seu irmão gémeo e são filhos de artistas: o pai, português, é encenador de teatro, e a mãe, que vive em França, é produtora. Confessa que vê pouca televisão, mas agora “já espreitou” o Big Brother para perceber melhor o formato. De momento não tem nenhuma relação, depois de ter terminado um relacionamento de quatri anos. Adora ler, escrever e debater.
Desde que estreou o reality show que Jacques e a questão de ser não-binário gerou questões e alguma confusão. Por isso, a equipa que gere a página de Instagram da jovem fez um esclarecimento.
“Temos notado que têm vindo a surgir algumas questões sobre a escolha da Jacques em utilizar pronomes femininos. Gostaríamos de aproveitar este momento para explicar o que isto significa e por que é tão importante respeitar esta escolha”, pode ler-se.
De seguida explicam o que é ser não-binário. “Ser não binário é uma identidade de género que não se enquadra exclusivamente nas conceitos tradicionais de masculino ou feminino. Pessoas não binárias podem identificar-se como ambos os géneros, nenhum deles, ou como algo completamente diferente. É uma expressão única de quem são e merece ser reconhecida e respeitada como qualquer outra identidade de género”.
Na publicação, a equipa de Jacques ainda sublinha de que forma se pode apoiar a concorrente: “É simples: respeitar os pronomes escolhidos pela Jacques (ela/dela). Isto significa utilizar os pronomes que ela prefere, como ela, e evitar o uso de pronomes que não correspondam à sua identidade de género. Para além disso, devemos educar-nos sobre diversas identidades de género e promover um ambiente de respeito e inclusão”.
Texto: Vânia Nunes; Fotos: Redes Sociais
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