Cristina Ferreira em tribunal após queixa de cabeleireira de Braga

Vânia Oliveira, cabeleireira de Braga, decidiu colocar uma ação judicial, na sequência das imagens partilhadas por Cristina Ferreira em que apresentadora se mostra a mudar de visual. A profissional de beleza exige “igualdade no tratamento dos vários setores”.

Cristina Ferreira em tribunal após queixa de cabeleireira de Braga

Uma cabeleireira de Braga colocou uma ação judicial contra o Estado português na sequência das imagens partilhadas por Cristina Ferreira nas redes sociais em que mostram a apresentadora a colocar extensões no cabelo por uma profissional de beleza, uma mudança de visual para o novo programa que vai apresentar, o All Together Now. A queixa foi apresentada no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga como medida de protesto.

A cabeleireira pede “igualdade” entre setores e ‘lay off’ sem restrições. “O cenário é assustador ao nível da saúde pública e percebemos que tenha que haver restrições. Não se trata de querer abrir para prejudicar, aliás, a nossa intenção nem passa por aí”, diz Vânia Oliveira, gerente da Sorriso Figura, ao jornal O Minho. “Se não é possível prestar serviços de cabeleireiro, então ninguém os pode prestar e, além disso, tem que haver igualdade no tratamento dos vários sectores”, assume frisando que foi o vídeo partilhado pela diretora de Entretenimento e Ficção da TVI que deu origem a esta atitude.

Foi aí “que a revolta me surgiu e decidi, sem medos, que tinha de fazer alguma coisa, não só por mim, mas pelas minhas trabalhadoras e por todos os que estão fechados e em dificuldades”. “Se uns podem trabalhar num conceito de domicílio, então podemos todos, ou não pode nenhum e aí entram os apoios, é tudo uma questão de igualdade”, sublinha para depois acrescentar:“Não está a haver igualdade. E a saúde está preocupante. Fechamos? Sim. Mas então que nos tratem a todos por igual e os apoios aconteçam, sem entraves, porque a fome e as dificuldades estão a surgir”, conclui.

Indignação nas redes sociais contra Cristina Ferreira

Nas redes sociais, as críticas sucederam-se, com mensagens em que se fala de “desigualdade” e em que se acusa Cristina Ferreira de não ser “uma pessoa sensata” e “desrespeitar as profissões que, embora não essenciais, fazem um bem danado”.

“Isto é um insulto a quem está privado de trabalhar”, diz uma delas. “Verdade. Muito triste. Para vocês, profissionais, que não podem trabalhar e para os clientes que não podem usufruir dos vossos serviços”, refere numa outra. “É uma questão de sensibilidade”, lê-se ainda.

“Sabemos perfeitamente que [as apresentadoras] são penteadas, mas fazer gala disto? Os cabeleireiros estão no chão e ela, já no outro confinamento, gozou com os cabeleireiros… Estou revoltada”, frisa uma internauta. “Aqui não se trata de ser a Cristina ou qualquer outra, trata-se de desigualdade”, acrescenta mais uma.

Texto: Ana Lúcia Sousa; Fotos: Reprodução Instagram

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