Carlos Cruz: Os 80 anos do ”Senhor Televisão”

Em oito décadas, Carlos Cruz foi locutor, jornalista, produtor de rádio e teve cargos de de direção na RTP e na TVI, até que a polémica do processo Casa Pia o colocou em reclusão, por crimes que garante não ter cometido. Toda a sua história do “Sr. Televisão” que completa 80 anos.

Carlos Cruz: Os 80 anos do ”Senhor Televisão”

Carlos Cruz, o eterno “Sr. Televisão”, nasceu em 1942, na aldeia de Parceiros de S. João, em Torres Novas. Contudo, foi em Luanda, aos 14 anos, que deu o primeiro passo para iniciar uma carreira que viria a marcar a história da caixinha mágica, ao fazer o seu primeiro relato de futebol. Nos anos seguintes, as portas da rádio abriram­‑se e tornou­‑se locutor, para, posteriormente, em 1962, a televisão passar a ser a sua segunda casa. Começou a apresentar e a conduzir entrevistas no formato Totobola na Radiotelevisão Portuguesa, até que em 1969 integrou o programa Zip Zip, coapresentado por Raul Solnado e Fialho Gouveia, e que veio a transformar­‑se num grande sucesso em Portugal.

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Logo após o 25 de Abril, ingressou na RTP, onde assumiu funções de diretor­‑adjunto de Informação, diretor de Programas e diretor coordenador do Canal 1, e foi o grande responsável por trazer de Espanha o concurso 1, 2, 3 (1984). Em 1996, passou pela TVI como diretor de Antena. Três anos depois, em julho de 2000, mudou­‑se para a SIC e encabeçou vários projetos icónicos, como A Febre do Dinheiro, Noites Marcianas, A Linha da Sorte e Fora de Série.

Carlos Cruz nega ter cometido todos os crimes de que foi acusado

Carlos Cruz não só é uma das personalidades mais fortes e influentes em televisão, como também é o homem que conquistou, pela primeira vez, a organização do Campeonato Europeu, de 2004, para o País. Além disso, vestiu a pele de conselheiro de Imprensa da Missão Portuguesa junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, e reuniu esforços para abrir um Centro de Informação da ONU em Lisboa. Por fim, em 2003, o antigo apresentador de televisão viu­‑se obrigado a interromper a carreira por o seu nome estar envolvido no processo Casa Pia. Acabou condenado “com base na ressonância da verdade” e cumpriu pena, negando até hoje, porém, ter cometido qualquer dos crimes de que foi acusado. Toda a história de vida de Carlos Cruz está nesta semana na nossa revista Nova Gente, já nas bancas, mas também disponível aqui.

Texto: Carolina Sousa

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