Casados à Primeira Vista | Graça «pode ser interpretada como liberal demais»
Os especialistas consideram que «o casal Luís e Graça pode ajudar os portugueses a perceber que mesmo com determinada idade a vida sexual não tem de, obrigatoriamente, terminar».
No episódio desta quarta-feira, 19 de dezembro, os especialistas e Diana Chaves analisam o casal mais maduro da experiência: Graça e José Luís.
O Conde e a Diva, o casal mais velho desta experiência social, tornaram-se um exemplo tanto para os restantes casais como para os portugueses que, com a mesma idade, estariam desacreditados do amor.
Segundo o especialista Alexandre Machado «o facto de serem pessoas mais velhas criou de alguma forma uma expectativa nas outras pessoas que pensam que a vida deles já terá, eventualmente, acabado para o amor». «O que eles procuram é o que toda a gente procura ao longo da sua vida que é o amor», acrescenta o especialista.
Analisando o casamento e a noite de núpcias do casal, a especialista Cris Carvalho refere que Graça e José Luís foram «duas pessoas que se viram e se sentiram agradadas uma com a outra». O Conde chegou mesmo a referir que o casal fez «jus a uma noite de núpcias».
No entanto, nem tudo foi um mar de rosas. As personalidades e ideais diferentes levaram a que as discussões surgissem. José Luís chegou a sugerir que Graça não seria uma boa dona de casa, o que criou alguns choques entre o casal.
«Graça e José Luís «lidaram com o assunto [sexualidade] de uma forma madura»
O especialista Eduardo Torgal refere que «Graça continua no padrão de querer chocar», o que teria de mudar para que a relação funcionasse.
Também o tema «sexualidade» foi bastante discutido pelo casal. José Luís não se mostrava atraído pela mulher.
Cris Carvalho ressalva que «o casal tem que aprender a falar sobre tudo de forma verdadeira e transparente». Que tem de existir uma naturalidade para falar sobre todos os assuntos que possam surgir num relacionamento.
A especialista refere ainda que Graça e José Luís «lidaram com o assunto de uma forma muito natural, muito madura. É de seguir o exemplo».
Graça «pode ser interpretada como liberal demais»
Para o especialista Fernando Mesquita, apesar das incompatibilidades entre o casal, a verdade é que Graça se esforçou por que a relação resultasse.
«Foi aceitando o José Luís apesar de dizer «não me vejo a estar com alguém com este tipo de postura perante a vida», refere o psicólogo.
Segundo Eduardo Torgal, Graça e José Luís «discordam em alguns temas e é essencial desenvolverem essa abertura de compreender outros pontos de vista. Até o próprio José Luís, questões que para ele eram bastante claras e deu-se a possibilidade e oportunidade de mudar perspectivas, de crescer, alargar os horizontes e crescer como ser humano que isso também é importante. Não vejo como o fim vejo como o princípio».
Ao longo da relação, surgiram alguns contratempos, que colocaram à prova o Conde, nomeadamente a relação próxima que Graça mantinha com o ex-namorado. Algo com que José Luís, não conseguiu lidar facilmente. No entanto, o esforço compensou.
«O casal José Luís e Graça podem ajudar os portugueses a perceber que nem tudo é dourado numa relação»
«Julgo que havendo flexibilidade mental, que é o caso, o Luís tem uma boa flexibilidade mental, e havendo vontade a pessoa consegue estar aberta a novas formas de ver», afirma. Contudo, o especialista é da opinião de que «Graça se situa no extremo oposto. Tem que se aproximar um bocado do centro, que às vezes pode ser interpretada como liberal demais».
Os especialistas revelam que o Conde e a Diva «são o modelo de pessoas educadas, de pessoas com bom ar e espontâneas e que representam, de alguma forma, muitos dos portugueses que neste momento podem viver de uma forma muito mais harmoniosa o resto da sua vida».
«O casal José Luís e Graça pode ajudar os portugueses a perceber que nem tudo é dourado numa relação e que mesmo com determinada idade a vida sexual não tem de, obrigatoriamente, terminar», terminam.
Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais; Fotos: DR
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