Catarina Furtado preocupada com a enteada: «Ela vai voltar, mas não sei quando»
Catarina Furtado regressa ao pequeno ecrã com mais uma temporada de Príncipes do Nada. Esta temporada foi especial e a apresentadora explica o motivo.
Dia 9 de junho arranca mais uma temporada de Príncipes do Nada, na RTP. Esta edição tem como mote os refugiados e Catarina Furtado confessa que este trabalho foi especial e diferente de todos os outros. «Foi o que mais gostei de fazer», começou por dizer.
A apresentadora explicou ainda a razão por que esta temporada do programa é especial. «Nos outros sítios, eu vi coisas terríveis, nomeadamente nos países onde houve catástrofes naturais, como o Haiti ou a Indonésia. Também há outras pessoas que sofrem com coisas que são evitáveis, como a saúde materna, mas nunca tiveram outra realidade. Estas pessoas [refugiados] viviam outras vidas. São muito mais parecidas connosco do que nós possamos imaginar».
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«Na Síria, havia miúdos na escola, miúdos que estavam na universidade, professores, arquitetos, e que tiveram de vir embora porque as bombas estavam a cair», disse, revelando ainda como foi difícil gerir as emoções ao ser confrontada com esta realidade: «Sofri bastante, porque tive uma noção clara da privilegiada que sou. Tenho trabalho, em minha casa há comida, há agua, os meus filhos estão bem, está tudo assegurado.»
A preocupação com a enteada
Quando surgiu a pandemia do novo coronavírus, a enteada de Catarina Furtado, Maria, estava a fazer voluntariado num campo de refugiados na Grécia. «Os próprios refugiados diziam-lhe ‘vai-te embora, tu tens escolha, podes entrar no avião, podes ir para tua casa. Tens um teto, tens uma família, não tens guerra. Vai-te embora’», contou Catarina.
Naquele momento, todas as ONG (Organizações Não-Governamentais) foram obrigadas a sair do país, mas agora o trabalho de voluntariado está a regressar aos poucos à normalidade. «Ela vai voltar, mas não sei quando. Fico logo…», diz Catarina, sem conseguir terminar a frase, mas dando a entender a sua preocupação. «Ela tem o meu chip. O meu chip é ir…», termina.
Texto: Patrícia Correia Branco
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