Cláudia Vieira “Idealizei ter três filhos, mas achei mais sensato ficar-me pelas duas”
Aos 46 anos, a atriz vive uma das fases mais serenas da sua vida. Depois de celebrar duas décadas de carreira, a atriz decidiu abrandar para poder dedicar-se em pleno às filhas, Maria e Caetana, e ao companheiro, João Alves. “Workaholic” assumida, a estrela da SIC conta à NOVA GENTE como está a ser viver esta nova fase e fala sobre o sonho de ter três filhos e que ficou por cumprir.
Chegou ao fim 2024. Qual é o balanço que faz do ano que passou?
Foi bom, foi um ano muito bom, com alguns conflitos, porque vivemos numa era de conflitos a vários níveis, como a adaptação que temos de fazer por questões familiares ou profissionais… mas foi um ano positivo. Profissionalmente, estive envolvida em projetos que me alimentaram, que me desafiaram, e isso é sempre das coisas que eu mais desejo. Foi um ano mais sereno – para mim, não para o mundo, que nesse aspeto não temos nada de serenidade –, mas foi mais um ano de crescimento e é um ano positivo, a meu ver.
Foi um ano em que a Cláudia também se pôde dedicar mais à família e ao papel de mãe…
É verdade.
Sentia que precisava desta fase? De abrandar um pouco o ritmo de trabalho?
Sentia muito. Nesse aspeto, acho que abrandar me trouxe algum equilíbrio. Eu era muito workaholic e não deixei de ser, mas sendo 2024 o ano em que celebrei 20 anos de carreira, cheguei a uma determinada altura da minha vida em que tive consciência que tinha de travar. Mas não é fácil para quem gosta de trabalhar, para quem é apaixonado por aquilo que faz, para quem tem um ritmo de trabalho grande, que foi sempre uma característica que eu tive. Foi um trabalho que vim a fazer nestes últimos três ou quatro anos, em que comecei a tentar abrandar. E este ano que passou saboreei ao máximo essa gestão. Aproveitei e dediquei-me à família, para poder estar mais com as minhas filhas, com os meus sobrinhos e por aí fora. É tão bom haver um bocadinho mais de tempo.
Recentemente, a Cláudia confidenciou que não quer ter mais filhos porque sente que foi adiando e que seria “injusto” para as suas filhas, porque se quer dedicar a elas neste momento. Mas gostava de ter tido mais filhos?
Eu adorava ter tido mais filhos. Nos meus planos, queria ter tido três, mas sinto que, devido ao meu ritmo de trabalho, à minha idade e ao facto ter duas filhas, era um ato de egoísmo, de alguma forma, avançar para me alimentar a mim própria. Como disse, idealizei ter três filhos, mas adapto-me bem em ficar com as minhas duas. Era um desejo que eu tinha desde sempre, sim. Mas dei um intervalo muito grande entre as minhas filhas, elas têm nove anos de diferença. E acho que, sinceramente, pelas exigências delas e pela minha exigência comigo própria, e com o meu lado profissional, não é compatível ter mais filhos. Acho que é mais sensato da minha parte, a nível de gestão e tudo mais, ficar-me pelas duas.
Leia a entrevista exclusiva na íntegra na sua NOVA GENTE desta semana. Em banca!
Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Impala e D.R.
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