Cláudio Ramos conta como a filha reagiu à mudança para a TVI
Cláudio Ramos esteve à conversa com Fátima Lopes sobre o regresso do Big Brother e sobre a relação com a filha.
Cláudio Ramos sentou-se com Fátima Lopes esta terça-feira, 21 de abril, para uma conversa intimista, ao estilo do programa Conta-me como És, sobre a participação do apresentador no Big Brother Famosos, há 18 anos, sobre a família e também sobre as novidades do reality show que estreia já no próximo domingo, 26.
Os comunicadores começaram por falar sobre o motivo que levou Cláudio Ramos a inscrever-se no realty show e a entrar no desafio de ficar fechado numa casa com pessoas com diferentes feitios e opiniões, algumas que mal conhecia.
«Eu tinha feito as Noites Marcianas e tinha ficado com uma imagem um bocadinho azeda. A Cinha Jardim, que é minha amiga e que tinha feito o primeiro Big Brother Famosos e tinha dito que era uma boa oportunidade de, para além de ganhar dinheiro, limpar a imagem. Pensei que ficava uma semana, mas entrei e senti-me muito confortável. Eu percebi que ninguém me ia atacar, criámos alí uma química. Eu senti-me muito bem, estranho foi voltar para casa», começou por contar Cláudio, revelando que não sabe se conseguiria voltar a passar pelo mesmo da mesma maneira mas que naquele momento lhe «soube muito bem».
«Eu na casa era exatamente como era na minha casa. Eu sou muito espevitado e gosto muito de perguntar e de falar», conta ainda.
A relação com o pai
Cláudio Ramos falou com Fátima Lopes sobre a relação com o pai, que era atribulada.
«Eu tenho uma relação que se conhece com o meu pai que não era uma relação muito famosa. Tínhamos feitios muito opostos. Eu hoje, relativizando tudo, percebo certas atitudes dele. Os pais para os filhos querem sempre o melhor, mas o que é o melhor na cabeça deles não é na nossa. Eu era diferente dos meus irmãos nesse aspeto. Eu queria voar e o meu pai nunca me deixaria voar nunca porque o meu pai queria para mim outros objetivos. Até invejo a relação que os meus irmão tinham com ele. Eles passavam serões a falar e eu não tinha paciência para aquilo…se calhar a culpa desde distanciamento não foi só dele, também foi minha. Aos 46 anos, eu acho que tenho uma parte de culpa no nosso afastamento».
Os 50 euros com que vivia o mês inteiro
Cláudio Ramos saiu de casa aos 16 anos para correr atrás do sonho de ser apresentador. Na altura, a trabalhar numa rádio e a vender publicidade num jornal, o agora comunicador arrendou um quarto no Alentejo, com o pouco dinheiro que ganhava, e deslocava-se a Lisboa sempre que precisava de ir a um casting.
«200 euros foi o primeiro ordenado mais ou menos a sério, sendo que o quarto eram 150. Fui-me gerindo assim. Eu fiz tudo sempre com o objetivo do dia em que precisava de vir a Lisboa», afirma o apresentador.
«As pessoas às vezes davam-me uma oportunidade por eu estar mesmo a tentar. E nunca se arrependeram de me dar a oportunidade», diz também.
O dia em que a filha lhe perguntou sobre a homossexualidade
Da conversa sobre a carreira e o esforço e dedicação que teve para conseguir realizar o sonho, Cláudio Ramos passou a falar da filha Leonor, de 15 anos. O apresentador mostrou uma enorme admiração pela menina e revelou como esta soube da sua homossexualidade.
«A minha Leonor é tudo. Temos uma relação tão boa…muito graças à mãe dela que em momento mais complicados esteve ali sempre», começa por dizer, acrescentando depois que foi a filha que lhe perguntou diretamente sobre a homossexualidade.
«Ela tinha nove anos, eu creio. A Leonor é que me sentou num sofá e perguntou: ‘Oh pai, as pessoas dizem isto e eu gosto de à mesma, só preciso que tu me digas se é verdade ou é mentira para eu saber’. Foi isto. Eu contei-lhe o que se passava e contei-lhe da relação que tinha na altura e tudo o que ela queria saber. Na vida da Leonor é uma normalidade. Não é problema nenhum para ela, nem para as amiguinhas dela que são filhas de amigos meus de infância», conta.
Terminada a revelação, Cláudio é surpreendido com um vídeo da filha, que o deixa com as lágrimas nos olhos.
«Olá pai! Estou aqui só para te dizer que estou cheia de saudades tuas. Não sei se te lembras mas dois dias antes das escolas fecharem eu liguei-te com um monte de planos para o fim de semana que aí vinha. No entanto, ficámos em isolamento social a quilómetros de distância. (…) Este esforço vai tornar-se um bocadinho menos difícil porque está prestes a chegar o teu maio projeto. Vai-se realizar o teu maior sonho e a tua maior aventura. Eu vou estar aqui a apoiar-te com todo o meu coração», afirmou Leonor.
No final do vídeo, Cláudio Ramos falou da reação da filha à mudança para a TVI, que foi tranquila e sem grandes alaridos, e revelou que esta passou por momentos «frágeis» na escola porque os colegas a bombardeavam com perguntas.
A estreia do Big Brother
O Big Brother estreia a 26 de abril e os pormenores estão todos pensados. Cláudio Ramos é o apresentador do reality show que vai começar de uma forma, no mínimo, peculiar. Tudo por causa da pandemia de Covid-19 que Portugal está a viver.
«Vamos acompanhar os concorrentes 24 horas por dia, cada um no seu apartamento. Apartamentos que o Big Brother preparou para os receber…nós vamos vê-los a entrar nos apartamentos. Vão estar alí durante o período de quarentena, 14 dias, e vão estar vigiados com um protocolo de saúde muito fechado. Vão fazer os dois testes da Covid-19 antes de entrarem na casa», começa por revelar o apresentador.
«Os concorrentes são pessoas normais, podiam ser o teu vizinho. Há uma descrepância de idades razoável e temos pessoas de quase todas as partes do país e pessoas que viveram lá fora. Há pessoas com filhos e com diversas profissões. O leque é mesmo muito interessante», diz sobre os concorrentes do formato.
Sobre o nervosismo com a estreia do programa, Cláudio Ramos confessa que quer que «tudo corra bem». «Vou dar sangue, suor e lágrimas para que tudo corra bem», afirma.
Texto: Inês Marques Fernandes
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