Sobre Cristina Ferreira, Balsemão diz que “não deixa nada ao acaso” e “sabe o que quer”. E refere a saída da SIC em julho de 2020 como “inesperada e intempestiva”. “Fiquei surpreendido e chocado quando ela veio anunciar que voltava à TVI. E mais chocado e surpreendido quando soube que, antes de anunciar a saída, já andava a recrutar pessoas para as levar para Queluz de Baixo”, escreve o patrão da SIC. “É um caso em que a fama e o prestígio lhe subiram à cabeça (a ponto de acreditar que poderá candidatar-se à Presidência da República”, diz ainda Francisco Pinto Balsemão sobre Cristina.

Além de Cristina Ferreira também Marcelo não escapou

Balsemão também não poupa críticas a Marcelo Rebelo de Sousa, acusando o Presidente da República de ter montado “intrigas desnecessárias entre ministros ou secretários de estado” e de ter aproveitado “intervalos de Conselhos de Ministros ou idas à casa de banho para dar informações a jornalistas”, recorrendo a “factos alternativos”.

O presidente do grupo Impresa afirma mesmo que Marcelo lhe tentou dar a “estocada final” e que cometeu a “imbecilidade” de se referir a ele como “lelé da cuca”. “Foi o primeiro sintoma grave de que não podia confiar nele”, conclui. Ao longo da obra Memórias, com quase mil páginas, Balsemão descreve ainda a relação mantida com outros empresários ou personalidades como Juan Carlos, Margaret Tatcher ou João Paulo II.

Texto: Patrícia Correia Branco;
Fotos: Impala e Reprodução redes sociais

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