Cristina Ferreira já ponderou ser Presidente da Câmara

Daqui à reforma, faltam pouco mais que duas décadas. Cristina Ferreira, prudente, já delineia estratégias.

A primeira semana d’O Programa da Cristina assegurou-a na liderança e as perspetivas são, segundo a Nova Gente, neste momento, as mais promissoras de sempre. Na grande estreia Cristina Ferreira recebeu um telefonema do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, o atual Presidente da República, que lhe quis dar um incentivo extra.

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Ao jornal Público, Cristina Ferreira manifestou a sua opinião sobre este telefonema que foi alvo de bastantes críticas. «Eu tive uma pena imensa que as pessoas tivessem essa reação, como se ele me tivesse privilegiado em detrimento dos outros, isto quando ele tinha dado uma entrevista ao Manel [Luís Goucha] na semana anterior», começa por dizer. «Nós é que somos um país que não entende as coisas da forma mais ligeira, como devem ser entendidas. Ali era apenas um amigo, uma pessoa que tem respeito pelo meu trabalho e pela forma como estou na televisão e na vida. Achou que eu merecia este miminho.»

«O professor Cavaco pode ser tão ou mais afetuoso»

A relação de proximidade entre Cristina Ferreira e Marcelo Rebelo de Sousa não é segredo para ninguém. De relembrar que o Prof. Marcelo foi, inclusivamente, a personalidade convidada para fazer capa da primeira edição da revista da apresentadora. Desde aí, a relação tem-se estreitado.

Questionada sobre se, nas mesmas circunstâncias, teria elogiado Cavaco Silva enquanto presidente, o novo rosto das manhãs da SIC responde, com prontidão.

«O professor Cavaco pode ser tão ou mais afetuoso que o professor Marcelo, não usa é esse afeto na forma como lida publicamente com os assuntos. Com o professor Cavaco, tive apenas ligações muito breves. Nem sequer tenho o número de telefone dele [risos]. Não há uma relação de afetividade entre mim e o professor Cavaco. Entre mim e o professor Marcelo há.»

«Quem teve um impacto público pode usá-lo»

O pouco tempo que tem não lhe deixa margem para aprofundar questões políticas. Ainda assim, Cristina revela que, em tempos, até ponderou desempenhar o cargo de presidência numa câmara municipal.

«Eu, durante algum tempo – isto já foi há anos -, até me via, por exemplo, a ser presidente de uma câmara num futuro longínquo. Porque acho que quem, de alguma forma, teve um impacto público pode usá-lo», admite, cheia de convicções.

Mas, como explica, os planos ficaram pelo caminho. «A ser presidente de câmara, só podia ser de Mafra. Acho que já afastei [a ideia] completamente porque é um trabalho tão difícil de fazer e tem de se dar tanto, por inteiro, ali, que tem de ser depois de me reformar da televisão», clarifica, sublinhando que já desistiu da ideia.

«Eu não vou concorrer, já desisti dessa ideia. Hoje em dia, na reforma, só me imagino mesmo é a ficar sossegada, a não fazer mais nada.» Na (sua) Malveira e em casa, como desvenda, por fim.

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Texto: Tânia Cabral - Conteúdos Digitais

 

 

 

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