Daniel Oliveira manda ‘boca’ a Cristina Ferreira [vídeo]

Daniel Oliveira revela necessidade de readaptação grande e rápida após a saída de Cristina Ferreira da SIC para a TVI. Defende, ainda, que a estação “não é de uma pessoa só” e, no balanço a 2020, revela o segredo para o sucesso.

Daniel Oliveira manda 'boca' a Cristina Ferreira [vídeo]

Daniel Oliveira revela qual o segredo para a vitória, uma vez que 2020 foi um ano de transformações na SIC. A estação de Paço de Arcos continuou a liderar no mercado televisivo, mesmo depois da saída inesperada de Cristina Ferreira, em julho. Daniel expõe a visão sobre o balanço do ano no canal três. “O momento mais difícil é, de longe, a gestão em tempos de pandemia. Em larga escala, em relação a qualquer coisa que tenha vivido profissionalmente, desde sempre. Foi o momento mais complexo, até porque ainda não terminou. Foi o mais intenso na altura da quarentena”, começa por dizer, quando questionado sobre se a saída da agora diretora de Entretenimento e Ficção da TVI tinha sido a fase mais difícil para a SIC.

Saída de Cristina Ferreira sem impacto negativo nas audiências da SIC

“Continuou tudo encarrilado [após a saída de Cristina]. Tivemos de nos readaptar com as condicionantes que se conhecem. Foi conseguido e o facto de o termos conseguido em 48 horas é também muito relevante. Por ser neste tempo, permitiu que todas as equipas se unissem com um propósito. Quando sai alguém que tinha três horas diárias, que são muitas horas semanais, tivemos de nos readaptar e fizemo-lo em tempo recorde. Foi bem conseguido. Fomos postos à prova e as equipas a superaram o momento de forma brilhante”, analisa.

Daniel Oliveira garante que ganhar é sempre bom e não tem há qualquer sabor especial por ser contra Cristina Ferreira. Para o diretor de Programas da SIC, o mais importante é “liderar”, “respeitando sempre as outras instituições”.

“Antes desta direção de programas da TVI, lidámos com outras três – a do Bruno Santos, a da Filipa Garnel e a do Nuno Santos – e tivemos para com essas direções, tal como temos para com esta, o mesmo respeito institucional que a posição que assumo nesta empresa me obriga. E é assim a minha forma de estar: com respeito mútuo. Queremos ganhar e fazer as contas quando elas devem ser feitas, que é ao final de cada mês e do ano. O relevante é ganhar. Portanto, sabe-me bem que as equipas tenham sido postas à prova e que se tenham superado perante a saída de alguém que era nuclear para um determinado horário”, admite.

Daniel Oliveira, a boca a Cristina Ferreira e a comparação com a era Júlia Pinheiro

A reação das equipas que trabalham diariamente para a realização da grelha da SIC à saída de Cristina Ferreira foi, no olhar de Daniel Oliveira, exímia e “definidora” da identidade da estação – que se assume como um “canal de família”, e não “uma televisão de uma pessoa só”.

“A SIC é um conjunto de pessoas e o mérito dos projetos devia ser atribuído a essas pessoas, não sendo – como nunca foi – uma televisão de uma pessoa só. O que vem a seguir [à saída de Cristina] só prova que isto é uma televisão de equipa, de família, coerente, com pilares sólidos. Se assim não fosse, a SIC não continuaria a ser líder. Foi o sucesso destas equipas que fez com que conseguíssemos superar aquele momento adverso”, reforça.

O ano 2020 foi “extremamente positivo” para a SIC. A estação de Paço de Arcos conseguiu ser “a única a crescer” em Portugal e Daniel Oliveira frisa que esse sucesso se deve à forma como o canal conseguiu lidar com as adversidades impostas pela pandemia da covid-19.

“É o nosso melhor resultado desde 2013 e a maior diferença entre o primeiro e segundo lugar desde 2009. Subimos no total de dia e no prime-time. Somos líderes em todos os horários. E tão importante quanto isso é a capacidade que tivemos na produção de séries, de programas originais, de transformar programas, de rentabilizarmos cenários, como é o caso do Patrões Fora. Pelo facto de termos ido para a rua em tempos de pandemia com o programa Olha Por Mim… De termos conseguido fazer programas como Quem Quer Namorar com o Agricultor ou O Noivo é Que Sabe em contexto de pandemia”, diagnostica.

Texto: Luís Martins Mafalda Mourão; Fotos: Arquivo Impala e Redes Sociais

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