Eduardo Beauté teve vida marcada por tragédias e sofrimento
Cabeleireiro perdeu um filho aos 19 anos e teve de lidar com o suicídio do pai, da tia e da avó. Nunca superou o divórcio de Luís Borges e foi obrigado e fechar o salão por dificuldades económicas e dívidas.
A vida de Eduardo Beauté foi marcada pela beleza e pelo glamour, mas também pela dor e pelo sofrimento. O cabeleireiro dos famosos, como era conhecido, teve um percurso difícil e escondeu muitas vezes as lágrimas atrás de um sorriso. Morreu este sábado, 7 de setembro, aos 52 anos. Eduardo Ferreira – conhecido como Eduardo Beauté desde que abriu o salão de cabeleireiro em Leiria com o nome Eduardo Haute-Beauté – teve uma vida repleta de momentos dramáticos. Desde as dificuldades económicas quando vivia com a mãe, ao suicídio do pai (na altura com 62 anos, em 2010) com quem tinha uma relação distante, suicídio da avó paterna, e ainda o suicídio da tia, irmã do progenitor. Segundo a revista Nova Gente, todo este historial de suicídios foram por enforcamento. Ainda antes, aos 19 anos, perdeu um filho biológico. Rúben Eduardo morreu com apenas cinco meses, vítima de uma insuficiência pulmonar.
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O casamento polémico com o modelo Luís Borges
Eduardo Beauté assumiu publicamente a sua homossexualidade e viveu durante vários anos com o estilista João Rolo. A relação não vingou e, mais tarde, começou a namorar com o modelo Luís Borges, com quem casou em maio de 2011. Esta união acabou em 13 de setembro de 2016 e com muitas polémicas à mistura. As discussões eram frequentes e o cabeleireiro chegou mesmo a agredir o ex-marido, com os filhos em casa, no ano a seguir ao divórcio. «Levantei-me e dei-lhe uma surra que lhe deixou algumas marcas físicas, mas, ainda assim, nenhuma lhe doeu mais do que eu ouvi ao longo de cerca de três anos sair daquela boca sempre dirigindo-se a mim para atacar o homem que mais amigo e companheiro havia sido em toda a sua vida. É óbvio que tudo isto aconteceu já tarde e na ausência dos que eu mais protejo, os meus Ficha Tripla que dormiam profundamente nos seus quartos, afastados e sem a possibilidade de presenciar tal cena», contou. Num vídeo publicado nas redes sociais algum tempo depois, Eduardo Beauté surgia em lágrimas e a assumir uma depressão. «Sofri, estou a sofrer, preciso de ajuda.»
Dívidas levaram ao encerramento do salão
Eduardo Beauté fechou, no final de outubro de 2018, o salão de cabeleireiro que tinha em plena Avenida da Liberdade, uma das mais luxuosas de Lisboa. Em declarações exclusivas ao site da VIP, hair stylist explicou, em novembro do mesmo ano, o que o levou a tomar esta difícil decisão. «Estava naquele espaço há 10 anos. Tinha um contrato renovável de cinco em cinco anos e quiseram atualizar a renda para os valores atuais da Avenida, que são muito elevados.» Eduardo Beauté sempre negou que tenha sido despejado por ter rendas em atraso, tal como avançaram na altura várias publicações. «Tinha uma renda baixa. Ainda tive o meu advogado para tentar chegar a acordo. Acho que deve haver alguém interessado no palacete, supostamente para um hotel», afirmou. O cabeleireiro não baixou os braços e, nos últimos meses, trabalhou noutro espaço, o Institute Suite 107. «As minhas clientes apoiam-me. Seguem-me, são fiéis há muitos anos. O futuro não o tenho na mão, mas estou feliz com a parceria que fiz», contou. «A prioridade são os meus filhos. Não podia estar a tirar dos meus filhos para pagar rendas na Avenida da Liberdade. Deixei o status de lado pelo bem-estar e conforto dos meus filhos», acrescentou.
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