Filho de Pedro Lima desabafa sobre a fragilidade do seu estado emocional
João Lima, filho mais velho do ator Pedro Lima, recorreu às redes sociais para fazer um desabafo sobre a fragilidade do seu estado emocional desde o início do novo confinamento. Jovem alerta também sobre a importância da saúde mental em plena pandemia.
João Lima, filho mais velho do malogrado ator Pedro Lima, admite a fragilidade do seu estado emocional com este segundo confinamento. O jovem, de 22 anos, está a ter acompanhamento psicológico desde a morte do pai e tem sido uma das vozes mais ativas na defesa da Saúde Mental. Por isso, partilhou o seu estado de espítito com os seguidores e fez mais um apelo sobre a importância do acompanhamento nesta fase de pandemia.
“Estava indeciso se devia partilhar algo hoje. Se o que quero escrever teria o impacto que gostaria, por ser dia de eleições. Mas a causa que defendo não tem momentos mais oportunos do que o agora. Assim, deixo-vos mais uma mensagem”, começou por escrever, num texto que publicou nas redes sociais juntamente com uma fotografia, onde surge de costas a dar um pontapé a uma onda.
“É este o sentimento que cresce em mim. Quero dar um pontapé convicto nesta segunda onda de reclusão que nos atinge. A ideia de um novo confinamento deixa-me ansioso, revoltado e desmotivado. Mas há algo em mim que pesa em todas as minhas decisões. Também eu conheço a perda sem o adeus. E por isso respeito, ou tento ao máximo respeitar, o dever de confinamento”, afirmou.
“Tu não estás sozinho”
O filho de Pedro Lima revelou ainda alguns estudos dos quais tem tido conhecimento, sobre esta fase difícil que o mundo está a atravessar. “Este novo período que nos espera traz de volta perigos que assombram demasiada gente. O meu amigo @hprata , psiquiatra com quem discuto as informações que vos dou, estudou as consequências do confinamento na saúde mental. Concluiu que os participantes que responderam ao estudo após oito dias de confinamento, apresentavam niveis mais altos nas escalas de depressão, ansiedade e insónia”, escreveu.
“Há alguns grupos que se destacam particularmente pelos resultados negativos: os jovens, as mulheres, os desempregados, os estudantes e as pessoas que já são acompanhadas por psiquiatras.
Concluiu também que, de todos os participantes que nunca tinham tido acompanhamento psiquiatrico, um quarto apresentava resultados compatíveis com pelo menos depressão ligeira, metade apresentava resultados compatíveis com pelo menos ansiedade ligeira e um terço com pelo menos insónia ligeira”, acrescentou.
Por fim, João Lima deixou um apelo: “O que tenho para dizer é simples. Tenham cuidado, estejam atentos, a vocês e aos que estão à vossa volta, e não tenham vergonha ou medo. Porque a covid mata, mas a falta de saúde mental também. You are not alone (em português, ‘tu não estás sozinho’).
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Reprodução redes sociais
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