Tinha apenas 19 anos quando se casou pela primeira vez, mas foi o segundo marido o seu grande amor. Aos 81 anos, Florbela Queiroz abriu o coração para falar sobre a vida amorosa e acabou por revelar que sempre se sentiu mal-amada. 

“Os homens gostavam, neste caso, os meus dois homens fortes (Joaquim Guerreiro Gomes e Norberto de Sousa), que foram os dois maridos que eu tive, gostavam de mim porque me viam no palco, e no palco eu era uma coisa. Cá fora eu era outra. Era uma miúda ingénua, pateta, não tinha grande interesse. Nunca tive aquele amor verdadeiro, nunca tive”, começou por revelar, à conversa com Duarte Siopa, no podcast ‘Siopa Convida’, da Rádio CM.

“Nunca tive um orgasmo”

A atriz foi mais longe e garantiu que nunca teve prazer sexual. “Vou dizer aqui, e se calhar até vão achar que isto é um disparate, mas eu nunca tive um orgasmo. Pronto. Está dito. Nem com o meu primeiro marido, nem com o pai do meu filho”, confidenciou.

“Não me queixava porque fui educada à antiga… Em minha casa não se falava dessas coisas. Sexo era tabu. Não fui habituada a beijinhos, não fui habituada a abraços”, acrescentou. 

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Florbela Queiroz ‘abre o coração’ a Nuno Azinheira

Apesar de nunca se ter sentido verdadeiramente amada, Florbela amou os dois homens com quem foi casada e recordou o momento em que conheceu o primeiro marido, Joaquim Guerreiro Gomes, por quem se apaixonou à primeira vista. “Ele era muito bonito, muito alto, olhos cinzentos, cabelo com uns brancos… e tinha um Mercedes. Nesse dia, apareceu no Mercedes dele, um Cabriolet. Apanhou o comboio, o mesmo em que eu ia. Apaixonou-se por mim, eu apaixonei-me por ele. Casei e pronto.”

Anos mais tarde, o casamento chegou ao fim e, aos 34 anos, voltou a trocar alianças com o também ator Norberto de Sousa, de quem teve um filho, Manuel, que morreu em 2022. “O Norberto foi o meu grande amor. Ainda é. Nunca mais tive ninguém. No dia em que me divorciei, acabei. Fechei o coração. Com 50 anos, até hoje, nunca mais tive um homem”, referiu. E prosseguiu: “Ele era um homem muito bonito também. Não era tão bonito como o meu primeiro marido, mas era um homem muito charmoso e tinha uma voz muito agradável, cantava muito bem. Foi a minha grande paixão e foi o pai do meu filho, o Manuel. Do meu único filho.”

Texto: Mafalda Mourão, Fotos: Arquivo Impala. 

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