Guilherme Castelo Branco Recorda quando pai começou a usar maquilhagem: “Senti-me ofendido”

Guilherme Castelo Branco revista a adolescência, altura em que reprimiu muitos sentimentos sobre o pai.

Guilherme Castelo Branco foi recebido por Manuel Luís Goucha no programa da tarde para falar sobre o seu percurso e a relação com José Castelo Branco. Quando tinha cerca de 6, 7 anos começou a reparar que o pai deixara de lado a imagem “certinha”, com o “fatinho escuro” e “bíblia debaixo do braço”, para adotar um look mais excêntrico e maquilhagem.

Depois casa-se com a Betty, começa a usar uns casacos mais diferentes, umas camisas mais coloridas, começo-o a ver usar base (…) que eu não ouvia outro pai, o outro que eu tinha em casa, o tio Luís, ou outro pai de amigo meu a fazê-lo e eu começo-me realmente a questionar (…) ‘Porque é que ele fazia isto?’ (…) Ele dizia-me sempre ‘Oh filho, tenho algumas imperfeições de quando era miúdo, do acne, e então gosto de estar no meu melhor quando saio de casa, portanto não tem mal nenhum’, isto é apenas um embelezamento”, partilhou.

No entanto, a partir do momento que o socialite ganhou mais reconhecimento e fama, foi também a altura que o comentador do ‘V+Fama’ passou a sofrer de bullying na escola. “Alguns comentários que não eram os mais simpáticos (…) era miúdo, não compreendia por que é que as pessoas não viam a mesma pessoa que eu via, mas viam uma pessoa diferente e questionavam essa diferença“, lamentou.

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“Só viam a capa, não conheciam pessoalmente (…) Eu, na altura, senti-me ofendido por ele aparecer assim. Hoje em dia compreendo que a culpa não foi dele, foi minha, mas também me permito com a idade que tinha de ter sentido isso, portanto também não fico chateado comigo (…) Faz parte do nosso crescimento, faz parte da nossa evolução”, revelou.

Guilherme estava no início da adolescência, tinha 12, 13 anos, e fechava-se no quarto a chorar e não desabafava o que sentia com ninguém. “Eu sentia vergonha de demonstrar que não conseguia estar bem, o meu núcleo familiar sempre foi muito forte, as pessoas sempre foram muito carinhosas, sempre foram pessoas que demonstravam o amor à sua maneira…”, explicou. Ao mesmo tempo, temia que a mãe desse reprimenda aos colegas que lhe faziam mal. “Não queria esse cenário…”, justificou.

“Acabei por me esconder e acabei por conseguir ultrapassar as coisas sozinho”, salientou. “Eu nunca tive um acompanhamento psicológico ou um psiquiatra e fui-me resolvendo (…) Eu acho que consegui compreender e ultrapassar as coisas, mas há quem diga que eu se calhar reprimi as coisas e um dia virão ao de cima, não sei, eu acho que estou bem”, assegurou.

Guilherme Castelo Branco fala sobre o pai e Betty

Texto: Luís Sigorro; Fotos: Redes Sociais/Impala

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