Gouveia e Melo responde a quem o apelidou de “assassino”
Henrique Gouveia e Melo foi o convidado de Daniel Oliveira no Alta Definição deste sábado, 4 de dezembro, na SIC. O ex-coordenador da task force do processo de vacinação contra a covid-19 falou sobre tudo.
Henrique Gouveia e Melo foi o convidado de Daniel Oliveira no programa Alta Definição que foi para o ar neste sábado, 4 de dezembro, na SIC. Ao longo da conversa, o ex-coordenador da task force do processo de vacinação contra a covid-19 falou sobre a missão que liderou entre fevereiro e setembro deste ano. O assunto “negacionistas” não foi exceção.
“O negacionismo assustou-o?”, pergunta-lhe o apresentador do formato da estação de Paço de Arcos. “Assusta-me, mas mais pelo obscurantismo que está por trás do negacionismo. Como é que nós, no século XXI, com tanta informação, conseguimos acreditar em coisas, para não usar um adjetivo, tão exóticas? Como por exemplo que a Terra é plana. Ou que alguém nos vai injetar um chip da Microsoft quando nos está a dar uma injeção?”, começa por responder o vice-Almirante.
O convidado de Daniel Oliveira confessa que “esse tipo de informação e de crenças” lhe mete “receio”. “Porque podem ser manipuladas para coisas muito piores. Extremismos religiosos, políticos. Mete-me algum receio, enquanto cidadão. O cidadão lógico, normalmente, é um bom cidadão. O cidadão ilógico é um cidadão perigoso, porque pode ir por muitos caminhos”, continua.
«A nossa insatisfação resulta das nossas ações»
Mas para Henrique Gouveia e Melo esta questão resume-se a um fator. “Vamos procurar combater a nossa insatisfação com coisas diferentes. Há quase que uma preguiça intelectual e até física de percebermos que a nossa insatisfação resulta das nossas ações. Então vamos procurar explicação nas ações dos outros, tentando culpabilizar os outros, focar a nossa atenção em coisas negativas”, comenta.
Henrique Gouveia e Melo foi chamado, por diversas vezes, de “assassino” e “genocida”. Algo que o deixava “afetado”. “Não é uma linguagem que estou habituado a ouvir… mexe comigo. Tenho origens judaicas, longínquas, como muitos dos portugueses, e quando falam em genocídio… estas coisas mexem”, confessa. Por fim, o vice-almirante revelou que gostava de ser “lembrado como uma pessoa que conseguiu fazer um coisa em conjunto com outras pessoas”.
Texto: Ivan Silva; fotos: divulgação SIC e redes sociais
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