Joana Amaral Dias ainda aguarda respostas dois anos após a morte do pai
Joana Amaral Dias recordou a morte do pai e confessou que o luto ainda não foi feito. “A emergência pré-hospitalar falha. Falhará também a Justiça?”, questionou.
O pai de Joana Amaral Dias morreu há dois anos e a família ainda está à espera de respostas. Carlos Amaral Dias, psicanalista e professor universitário, perdeu a vida a 3 de dezembro de 2019, aos 73 anos, na sequência de várias falhas na assistência. Em declarações à CMTV, a psicóloga e comentadora da TVI disse que ainda não conseguiu fazer o luto e fala sobre a queixa-crime que a família apresentou. “A ambulância chega, estaciona, vão buscar o meu pai, e a ambulância não pega. Avariou e não havia desfibrilhador. Houve falhas muito graves”, afirmou, questionando: “A emergência pré-hospitalar falha. Falhará também a Justiça? Falhará também a responsabilidade interna do INEM?”.
O pai de Joana Amaral Dias vivia a seis minutos, de carro, do hospital, mas só deu entrada duas horas depois de ter sido chamado o 112. Contactado pelo Correio da Manhã, o INEM revelou que “os processos disciplinares aos dois trabalhadores do Instituto estão concluídos, tendo sido aplicadas sanção disciplinar de suspensão e sanção disciplinar de multa”.
Joana Amaral Dias disse também que a família não conseguiu ainda fazer o luto. “Tenho a certeza que nos vai custar menos quando o Estado se dignar a dar-nos uma resposta. Para podermos fechar o caixão. Ao fim e ao cabo, é disso que estamos a falar, de fechar o caixão. Passam-se anos. O caixão está aberto, claro que está aberto. Estar à espera é cuspirem as pessoas para o vazio, para ficarem sozinhas com a sua dor”, disse.
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Impala
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