Joana Latino atacada por todas as frentes: «Sentar o cu e mandar bocas todos fazemos»

Joana Latino falou e Portugal não gostou. Após comentários no Passadeira Vermelha sobre os artista, dezenas de figuras públicas atacaram a jornalista: Ter o ordenado mensal garantido na SIC só para sentar o cu numa cadeira e mandar bocas todos nós fazemos»

Joana Latino atacada por todas as frentes: «Sentar o cu e mandar bocas todos fazemos»

Joana Latino está a ser atacada de todas as frentes e são dezenas as figuras públicas que se dirigem à jornalista da SIC. Em causa está um comentário durante a emissão do Passadeira Vermelha desta segunda-feira, dia 18 de maio. A comentadora falou e Portugal não gostou.

O assunto comentado era o fenómeno de sucesso Como é Que o Bicho Mexe, de Bruno Nogueira, que reuniu no último episódio cerca de 170 mil espectadores e que contou com a participação de Cristiano Ronaldo e Georgina Rodríguez. Foi precisamente ao comentar este tema que Joana Latino elogiou o trabalho do humorista, acabando por fazer duras críticas a outros artistas portugueses.

«Os artistas em vez de fazerem tantos discursos miserabilistas, catastrofistas e de autocomiseração, deviam mexer-se. E um série desses artistas continuam a não se mexer e se calhar deviam olhar para este exemplo, desta equipa que teve uma trabalheira durante dois meses. Fizeram o inimaginável que foi transformar a adversidade na melhor coisa possível. Isto foi bombástico. Isto é que é ter amor à profissão e ter sentido de responsabilidade e de utilidade», afirmou.

Dalila Carmo responde: «Uma vergonha»

Os comentários e as publicações dirigidas a Joana Latino têm sido mais que muitos ao longo desta terça-feira. Atores, humoristas, músicos e profissionais do mundo artístico dirigiram palavras duras e diretas à jornalista. Numa das publicações, feito por Martim Pedroso, que pede que Joana se informe «antes de vociferar em tom maledicente, as enormidades que anda a vociferar no seu tempo de antena», Dalila Carmo expressou o que pensa sobre o rosto da SIC.

O ator e encenador pediu para alguém calar Joana Latino: «Mas não há uma santa alma que cale esta aventesma? Porque é que os ignorantes falam sempre do que não sabem com ar de quem percebe imenso?». E a atriz comentou: «Bravo Martim. Uma vergonha essa espécie de pessoa!!».

Henrique Feist também dedicou algumas palavras à jornalista da SIC. O cantor apelida Joana de «desrespeitosa», «amarga» e «vingativa».

Ter o ordenado mensal garantido na SIC só para sentar o cu numa cadeira e mandar bocas todos nós fazemos. Agora aplicar aquilo que aprendemos e aquilo em q somos bons, graças a Deus vamos continuar a fazê-lo quando isto tudo passar. A diferença é que tu vais continuar com o cu sentado a mandar bocas, sem nada de novo…sem mais outro sítio para onde ir.

Prefiro mil vezes a minha vida do que a tua. E demonstraste que és uma pessoa que não traz interesse nenhum para a vida de ninguém. Desrespeitosa. Amarga. Vingativa. E acima de tudo, burra. E agora, sim, a classe vai-se juntar toda (surpresa Joana!) e vais ver o q é o peso da classe e senti-lo na pele. A ver se depois te mexes também…»

«É grosseiro e demagógico»

Já Nuno Markl não se ficou por apenas algumas palavras. O humorista, que foi um apoiante incondional da iniciativa de Bruno Nogueira nesta quarentena, comparou a atitude de Joana Latino à de Jair Bolsonaro.

«Não é bonito ver o #comoéqueobichomexe ser usado como arma de arremesso contra a classe artística, como se os diretos do Bruno se revelassem, afinal, a solução mágica para os graves problemas de uma quantidade tremenda de profissionais da cultura, em extraordinárias dificuldades nestes tempos.

É grosseiro e demagógico, quase num nível Bolsonárico, que se levante a questão ‘De que se queixam, se está provado que é só ligar o Instagram e criar uma oportunidade de trabalho?’. O Bicho nunca foi, nem pretendeu ser um modelo de negócio ou um ganha-pão para os seus intervenientes. Diria até que todos os que entrámos nesta aventura do Bruno somos bastante privilegiados: a nenhum de nós falta trabalho, nenhum de nós está a passar fome.

Mas há muita gente que está, e não são só ‘os artistas’, são todos os profissionais cuja vida depende das mais diversas atividades culturais. Achar que é só improvisar uns diretos, lembra os gurus empreendedores que, no auge da crise – e eles devem estar a reaparecer – diziam que cabia ao povo não se queixar e ter motivação e criatividade, o que é a falácia mais manhosa e insultuosa de sempre.

Além disso, atacar os agentes da cultura é retórica facha: a ideia de que a arte é coisa supérflua, que há ‘coisas mais importantes’ e que a vida de artista se resolve com um estalar de dedos é pantanosa, triste e injusta. A classe artística não é queixinhas – é feita de muita gente com vidas, com famílias, e que há meses que tem a sua vida suspensa, com tanto trabalho adiado sine die, ou mesmo definitivamente cancelado.»
Também os atores Ana Bola e Hugo Sequeira exprimiram o seu descontentamento. «Ser estúpido pode ser tanto uma condição, como uma opção, obviamente. (em qualquer dos casos a verdadeira questão que se coloca é como é que coisas neste nível de gravidade de ofensa da tasca acontecem num programa televisivo..que também é uma tasca», disse o ator. Wanda Stuart reagiu de seguida: «Ela é só…idiota!».

Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Impala e reprodução Instagram

 

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