Joaquim Horta Desabafa sobre a falta de trabalho em televisão: “Faz parte da vida que eu escolhi”

O ator está há algum tempo sem projetos na ficção e embora saiba que é algo comum na sua profissão, confessa que, enquanto pai de família, a instabilidade o incomoda.

Para apoiar Cláudia Vieira, que completou 20 anos de carreira, Joaquim Horta fez questão de estar presente na comemoração desta data tão importante para a amiga. À margem do evento, que se realizou no passado dia 16 de outubro na Casa do Desenho, em Lisboa, o ator esteve à conversa com os jornalistas e revelou que não tem recebido propostas para integrar projetos em televisão.

Ciente da instabilidade que o meio artístico traz, refere que é algo com que já lidou no passado. Porém, neste momento, não gere com tanta tranquilidade. “Houve alturas em que não me chateava nada. E ainda acho que faz parte da vida que eu escolhi. Agora, como tenho uma família numerosa, penso mais nisso”, começou por dizer. Joaquim Horta tem três filhos: Inês, que  tem seis anos, e os gémeos Tomás e Vasco, com três. Sendo um pai de família, a responsabilidade é acrescida, e daí o desconforto nos momentos em que os projetos não surgem. No entanto, não fica de braços cruzados. “Felizmente, não estou aflito”, revelou, acrescentando: “Estou completamente aberto a novas possibilidades”.

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O último projeto audiovisual que integrou foi O Crime do Padre Amaro, que esteve no ar em 2023, na RTP1, minissérie baseada no romance homónimo de Eça de Queirós e realizada por Leonel Vieira. Fora da televisão, esteve a dar aulas em cursos de representação na escola de atores ACT e já tem ideias para concretizar em palco. “Tenho sempre projetos de teatro para montar, mas são coisas que não se arrancam de um momento para o outro. Agora vou começar a preparar, mas só vão acontecer daqui a um ano ou dois anos”, disse.

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Ser pai de três crianças, diz, tem os seus desafios. A filha mais velha entrou agora no primeiro ano escolar, um passo muito importante tanto para a menina, como para o pai. “Eles têm de voar. Mas sim, começo a ver que é o início da despedida. A partir daqui, ela vai começar a pensar pela sua cabeça, a ter ideias e a argumentar contra mim”, brincou. A relação dos irmãos, segundo o ator, “é muito bonita de se ver”, principalmente no que toca aos gémeos: “Eles são muito próximos, são muito cúmplices contra os pais”, revelou, entre risos. Para os progenitores, por outro lado, consegue ser “muito exigente em termos de energia, física e psicologicamente”, confessou.

Com os filhos ainda muito pequenos, o ator não coloca ainda a hipótese de quererem seguir a mesma área profissional do que a sua. No entanto, seria o primeiro a apoiar se esta for a decisão deles. “Eu advogo muito a liberdade e, portanto, teria que engolir em seco. Mas sim, é uma insegurança muito grande”, finalizou.

Texto: Luís Duarte Sousa; Fotos: Tito Calado E D.R.

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