Jorge Guerreiro “Para mim ser o mais pobre dos ricos é ótimo”
Era o rei dos karaokes, mas nos primeiros anos de carreira continuou a trabalhar num call center. A entrada no Big Brother mudou-lhe a vida, trouxe-lhe visibilidade e encheu-lhe a agenda de concertos. Acha que canta bem, não é lamechas e só quer animar as pessoas. Nesta conversa, fala de si, da família, das perdas e das saudades do regresso a casa. Jorge Guerreiro, 43 anos, em discurso direto.
Depois de 16 anos de carreira, continuas a ter essa fúria de vencer?
Cada vez mais [sorriso]. É uma primeira pergunta interessante, porque o meu primeiro tema foi realmente o Fúria de Vencer, que deu nome ao meu primeiro trabalho. Tenho muito mais fúria de vencer agora do que se calhar quando comecei. Quando comecei, ainda era um pouco envergonhado.
Sentias que eras mais um neste imenso lago que é a música popular ligeira?
Há muita gente, é verdade, mas aquilo que eu tinha era falta de confiança. Era um mundo de que eu gostava, em que eu me sentia bem, mas era desconhecido. Até lá, eu cantava em karaokes. Há muitos cantores que começam, por exemplo, imagina, com bandas e ganham logo ali um saber estar em palco, um lidar com o público. Eu não tive nada disso.
Fez-te falta?
Bem, não me impediu de chegar aqui, mas talvez tivesse sido melhor ter mais alguma experiência [risos]. Eu era apenas um viciado em karaokes, porque era basicamente um refúgio, mas chegou uma altura em que eu pensei: “Pá, deixa-me dar aqui o passo. Se não der certo, volto para o meu refúgio”.
Mas além dos karaokes, o que é que fazias da vida?
Telemarketing. Eu nunca tive outro trabalho. Fui desafiado por alguns amigos, porque nunca tive aquela vontade de tirar um curso superior. Então, recebi o convite de umas pessoas amigas que trabalhavam no telemarketing e desafiaram-me para pertencer à equipa. A partir daí, sempre foi o meu trabalho, em várias empresas.
É uma coisa pouco estável, não é?
Sim. O ordenado é baixo, é verdade, mas dava para mim. Não podia ter uma vida de luxo, mas dava para a minha vida. Mesmo quando me iniciei na música, continuei no call center durante uns oito anos, com medo que não resultasse.
Jorge Guerreiro falou ainda sobre as mudanças que o Big Brother trouxe à sua vida, a morte do irmão, o facto de não ter constituído família, entre outros temas.
Leia a entrevista completa na NOVA GENTE desta semana. Já nas bancas.
Texto: Texto: Nuno Azinheira; Fotos: Zito Colaço
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