Foi um final marcante que não deixou os espectadores da TVI indiferentes. José Alberto Carvalho despediu-se do Jornal das 8 deste domingo com um discurso em que revela que um familiar muito próximo morreu e que, devido à pandemia da covid-19, não pôde marcar presença no funeral. «Preparo-me, também eu, para entrar em isolamento a partir de amanhã.»

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«A cobertura jornalística da pandemia prossegue na TVI, como em tantas outras redações, por uma razão simples: é esta a nossa missão. E, a propósito disto, permito-me partilhar duas reflexões no final destas duas últimas semanas particularmente intensas», começou por definir o pivô da estação de Queluz de Baixo.

José Alberto Carvalho anuncia, emocionado, a perda de um familiar muito próximo

José Alberto Carvalho continuou, então, para revelar o momento de dor pelo qual está a passar. «Hoje, foi sepultada uma pessoa da minha família, que sempre foi muito importante na minha vida. Sucumbiu aos 93 anos. Não foi vítima da covid-19, mas o vírus tirou-me outra coisa: impediu-me de que me despedisse dela. A cerimónia fúnebre foi reduzida a meia-dúzia de pessoas apenas, sem um abraço de conforto, sem aquele pegar na mão para dizer ‘força’.»

«O vírus rouba-nos até esta exigência moral da Humanidade, que é despedirmo-nos dos nossos mortos»

«O vírus rouba-nos até esta exigência moral da Humanidade, que é despedirmo-nos dos nossos mortos. E nunca, nem nos campos de batalha mais sangrentos, se deixam os mortos para trás», considerou, num discurso pautado por pausas reflexivas sobre o impacto do novo coronavírus na vida de todos. A covid-19 é «uma das doenças mais devastadoras da história da Humanidade» e que «nada tem de parecido com gripe». Um sublinhado que contrasta com os discursos de despreocupação de líderes mundiais como os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil, Donald Trump e Jair Bolsonaro. [Continue a ler na TV 7 Dias.]

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