José Eduardo Moniz Assume gastos excessivos na TVI: “Esbanjou-se dinheiro”
José Eduardo Moniz lembrou que, pese embora já se tenha feito televisão “com muito dinheiro”, hoje em dia os “recursos são escassos”.
José Eduardo Moniz esteve à conversa com Manuel Luís Goucha no dia em que a TVI assinalava 32 anos de história. O diretor-geral da estação e, entre vários outros assuntos, falou sobre a menor capacidade financeira das estações televisivas face ao passado. Moniz chegou mesmo a dizer que, no passado, “esbanjou-se dinheiro”.
“Eu gostaria era que as pessoas tivessem a perceção de que nós estamos aqui a trabalhar com os pés bem assentos no presente, mas com a noção de que, se não fizermos nada hoje, daqui a dois ou três anos, a nossa posição como televisões jornalistas é irrelevante. E, portanto, nós temos que nos manter relevantes. Para nos mantermos relevantes, temos que ser criativos”, começou por explicar, dizendo depois que os recursos são escassos e, nem sempre, à sua volta, parecem ter essa noção.
“Temos que ser criativos e corajosos, e ter capacidade de arriscar, preservando uma coisa que é essencial e que, muitas vezes, não vejo à minha volta, que é a noção de que os recursos são escassos. Sendo os recursos escassos, têm de ser muito bem aproveitados. Já se fez televisão com muito dinheiro, mas não é possível continuar a fazê-lo da mesma forma. Esbanjou-se dinheiro”, atirou, sem meias palavras.
Mas o marido de Manuela Moura Guedes foi ainda mais longe dizendo que nem sempre a qualidade de um produto, assim como a ‘receita’ proveniente do mesmo está diretamente correlacionada com o dinheiro nele investido.
“Nós, muitas vezes, podemos ter uma novela, ou um programa, que custa menos 10 mil euros, ou menos 20 mil euros, do que aquilo que nós lá estamos a colocar, e ter mais resultado, ou melhor resultado, do que uma que tem mais 30 mil ou mais 40 mil. Nem sempre o que custa mais dinheiro é aquilo que nos traz melhores dividendos. Portanto, nós temos de ter a noção de que a nossa capacidade criadora nos pode permitir transpor obstáculos grandes, do ponto de vista da chamada resistência financeira. O mercado é o que é”, explicou de forma pragmática.
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Texto: Tiago Miguel Simões; Fotos: Impala
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