José Raposo declara-se a Lena Coelho das Doce: “Há cumplicidades que ficam para a vida”

José Raposo declarou-se a Lena Coelho, uma das artistas que integrou as Doce. O filme “Bem Bom”, que retrata o sucesso daquela que foi a primeira “girls band” portuguesa, já está nas salas de cinema.

José Raposo declara-se a Lena Coelho das Doce:

José Raposo quer voltar a ver Lena Coelho, que fez parte da “girls band” portuguesa Doce ao lado de Fátima Padinha, Teresa Miguel e Laura Diogo, nos palcos nacionais. Num vídeo dirigido à artista e partilhado por esta no Instagram, o marido de Sara Barradas elogia o talento da amiga.

“Leninha, gosto muito de ti e não podia deixar de dar este testemunho e de dizer que és uma mulher extraordinária, porque tens uma irreverência que raramente se tem”, começa por dizer José Raposo, acrescentando achar “muito injusto” o facto de Lena Coelho não estar “ainda hoje na ribalta”. “É uma pena”, reforça o ator, ressalvando, porém, saber que esta foi “uma opção” da cantora.

“Felizmente que, com o filme das Doce, se fala outra vez de ti, mas tens de voltar ao palco”, prossegue Raposo, referindo-se a “Bem Bom”, realização de Patrícia Sequeira, com Bárbara Branco, Carolina Carvalho, Ana Marta Ferreira e Lia Carvalho nos principais papéis, que já está em exibição nas salas de cinema e retrata o fenómeno da banda no final dos anos 1970 e anos 1980. “Mesmo estando muito distantes, nós somos de facto muito amigos e não há nada a fazer. Há cumplicidades que ficam para a vida”, termina o ex-marido de Maria João Abreu. Lena Coelho ficou sensibilizada e retribuiu o carinho. “Meu Zé, (…) o importante é que (…) fazemos parte da vida um do outro. Amo-te. Obrigada”, respondeu.

Veja o vídeo de José Raposo:

Lena Coelho fez três abortos por causa das Doce

Em 2010, Lena Coelho tinha contado a amargura que viveu na época da famosa girls band” portuguesa. “Eu não fiz um, mas três abortos por causa das Doce”, revelou, nessa altura. “Nunca os fiz de ânimo leve. Um aborto marca sempre. Eu sofri muito e por isso não gosto de recordá-los. (…). “Foi um preço alto, mas valeu a pena. Fiz o que tinha a fazer. Não vale a pena chorar sobre leite derramado. Eu sempre fui uma pessoa muito bem resolvida com a vida e nunca me fiz de vítima”, completou.

Trinta anos depois desse período negro, a artista é “mãe e dona de casa”: “Tenho uma família fantástica. Os filhos, que adoro. Um marido maravilhoso. Estou rodeada de gente boa. Vivo no campo. Afastei-me de tudo e sou uma mulher feliz”.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: TVI e Reprodução Instagram

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