Judite Sousa revela: «Já entrei muitas vezes num avião sem saber se ia voltar viva ou morta»
A diretora adjunta da TVI foi a primeira convidada de Fátima Lopes no novo programa «Conta-me como és». Judite falou sobre a profissão e sobre a amizade.
A conversa entre Fátima Lopes e Judite Sousa começou precisamente por aqui: «quem é a mulher por trás da profissional?». A pivot da TVI acredita que «as pessoas sabem quem é que está por trás daquela imagem» quando está «a comunicar as notícias num estúdio».
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Há «quase 38 anos» na profissão, diz a própria, a vertente que mais valoriza na carreira são as reportagens que fez «no país e nos sítios mais terríveis do mundo». Aliás, a jornalista enumera algumas das situações que ultrapassou no terreno.
«Quando se começa a trabalhar aos 18 anos e se entra pela primeira vez num avião aos 19 anos e se vai para a China sem saber sequer colocar o cinto de segurança no avião é inevitavelmente uma mulher que é mudada por estas circunstâncias», descreve.
E continua a descrever situações que, considera, a tornaram a pessoa e a profissional que hoje é.
«Eu já entrei muitas vezes num avião sem saber se ia voltar viva ou morta. Eu já estive muitos dias sem tomar banho e a comer borrego cozido com as mãos».
Numa entrevista recheada de depoimentos de amigos Judite apareceu, por exemplo, Vítor Gonçalves. Sobre o jornalista da RTP, a pivot confessa: «ele é o meu padre». Judite garante que Vítor é o seu «melhor amigo homem», que sabe tudo sobre a sua vida.
«Não se forjam amizades em televisão, forjam-se conhecimentos. Há excepções, mas são muito poucos», afirma com a concordância também de Fátima Lopes.
Sérgio Figueiredo, diretor de informação da TVI também falou sobre a colega. Foi Sérgio quem disse à jornalista que esta precisava de «ir para casa descansar» num momento em que, confessa, estava «particularmente doente e isso era visível no ecrã».
«Só uma pessoa que gosta de mim é que me diria isto», comove-se.
Judite Sousa deixou ainda várias críticas a amigos e conhecidos. «Há estas pessoas todas que temos estado a ouvir e depois há aquelas que em algum momento fizeram parte da tua vida e em que tu mandas uma mensagem a pedir para tomar café com essas pessoas e essas pessoas respondem ou 24 horas depois ou não respondem ou chegam ao local do café e dizem que só têm 5 minutos para ti ou te veem chorar desalmadamente e dizem ‘vou ter de ir embora porque tenho um jantar às 8 da noite em casa de um amigo’», conta desiludida.
De entre as «pessoas generosas, amigas, ternas, calorosas», como Judite descreve, fala ainda a amiga Margarida Leite. Muito rapidamente e visivelmente comovida, Judite conta: «quando o André morreu eu vivia em Lisboa, no Chiado. Eu sabia que ia ter os paparazis em cima de mim. A Margarida (Leite) vivia há alguns quilómetros de Lisboa e durante três semanas ela recebeu-me na casa dela».
Pode ver aqui a entrevista completa.
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