Júlia Pinheiro confessa ao filho que “não queria nada ser mãe”
Júlia Pinheiro conversou com o filho, Rui Maria Pêgo, e Ana Martins no programa Era o Que Faltava. Na entrevista, revelou que não estava planeava nada ser mãe.
Júlia Pinheiro, de 58 anos, foi a última convidada do programa Era o Que Faltava, da Rádio Comercial, apresentado tanto pelo filho, Rui Maria Pêgo, como por Ana Martins. Vários temas foram abordados e muitas revelações foram feitas. Entre diversas palavras trocadas, a apresentadora da SIC foi franca: “Não queria nada ser mãe”.
A anfitriã do programa “Júlia”, da SIC, conta com quase 40 anos de casamento com Rui Pêgo e 32 anos de maternidade. É progenitora de Rui Maria Pêgo, 32 anos, e das gémeas Carolina e Matilde, de 23, mas admite que ser mãe de família não estava nos seus planos de vida. E não só. Nem o casamento era um objetivo.
“Eu não queria ia ser nada disto que me transformei (…) Eu ia para os cenários de guerra, era um dia na Palestina outro dia no Iraque, era só vir a casa fazer as malas e mudar a roupa (…) de repente aparece o teu pai que lixou isto tudo. O teu pai é que é o responsável, Rui Maria, que se me atravessou na casa do senhor na Rádio Renascença e começou com ideias. E depois encheu-me de meninos”, brincou.
Quando era jovem, Júlia Pinheiro aspirava se tornar num das suas referências jornalísticas. “Eu ia ser outra coisa. (..) Eu queria ser a Maria Lins, uma Margarida Amarante, Manuela Moura Guedes, Miguel Sousa Tavares”, atirou. “Eu queria estar ali com eles. E não é que estive? Há coisas extraordinárias”, disse.
Júlia Pinheiro e o papel de ser mãe: “É mais difícil do que qualquer coisa”
A vida trocou-lhe as voltas e estrela da SIC, a par de todos os desafios sentidos e ultrapassados na sua carreira, revelou que a prova mais exigente foi ter sido mãe. “É mais difícil do que qualquer coisa. É um desafio que quando acontece, nós não temos perceção. Somos apenas impelidos pelo grande amor, pela inebriante e intoxicante ideia de amar alguém que está a crescer dentro de nós e é maravilhoso”, assegurou.
Viveu a infância dos filhos de uma forma “cor-de-rosa” e a adolescência dos mesmos invadiu-a com dúvidas. “Os anos da infância são de um romantismo, pelo menos os meu convosco foram assim, era tudo cor-de-rosa, tudo era bonito e era possível conciliar com a vida profissional e de tudo o que me era exigido para vos acompanhar. Depois a adolescência. Acho que ninguém está preparado para filhos adolescentes”, atirou.
E continuou: “A adolescência a afirmação da personalidade de cada um dos nossos filhos, o entendermos a sua singularidade, as suas expetativas… foi muito difícil, é preciso crescer imenso. Há pessoas que têm essa capacidade de forma intuitiva (…) comigo não foi. Acho que reproduzi muitos padrões da maneira como eu própria fui educada e tenho as maiores dúvidas se foram os melhores ou não. (…) Foi tormentoso. Eu tive muitas dúvidas, muito mais do que qualquer outro papel”.
“Eu própria não tive uma mãe muito maternal”
Foi neste contexto que a apresentadora confessou como era a sua relação com a mãe. “Eu própria não tive uma mãe muito maternal. A minha mãe, coitadinha, é uma senhora estimada, mas era empresária e também apareci ali um bocadinho à-toa”, referiu.
Esta não foi a primeira entrevista de Rui Maria Pêgo com a mãe. Em 2019, no Dia da Mulher, no programa das tardes da SIC, Júlia Pinheiro foi entrevistada pelo filho. Rui Maria Pêgo está de saída da Rádio Comercial para rumar a Inglaterra e investir num mestrado em Teatro. Saiba mais aqui.
Texto: Carolina Sousa;
Fotos: Redes Sociais
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