Lourenço Ortigão explica por que saiu da TVI: “Deixei de me identificar”
Lourenço Ortigão revela que saiu da TVI devido à oferta de trabalhos que a estação lhe oferecia. Ainda assim, o ator confessa: “Adecisão de entrar na SIC se calhar custou-me mais do que sair da TVI”.
Lourenço Ortigão revelou, finalmente, a razão pela qual saiu da TVI. O ator deu uma entrevista a uma revista semanal e contou que a não renovação de contrato teve a ver com as propostas pouco aliciantes que o canal tinha para lhe oferecer.
“Olhámos para os projetos que estavam em cima da mesa e as propostas de trabalho que iria ter num futuro próximo e, na verdade, eu não gravava desde a [novela] ‘Prisioneira’, que foi há dois anos. Fiz entretanto uma série [‘Pecado’], que também não estreou e a proposta que eu teria era também de novela – e ainda teria de esperar uns meses. Com 32 anos o que eu mais quero é trabalhar e diversificar, não podia, nem quereria ficar tanto tempo sem estar no ativo”, começou por dizer.
À revista Lua, do jornal Nascer do Sol, Lourenço Ortigão disse ainda que lhe custou mais assinar com a SIC do que sair do canal de Queluz de Baixo. “Por esse motivo, esta decisão de sair foi natural. A decisão de entrar na SIC se calhar custou-me mais do que sair da TVI porque, aí sim, pensei que estaria a ir para um ‘rival’, mas sem nenhum tipo de peso na consciência tendo em conta que mesmo depois de ter saído da TVI, e ainda hoje, continua a haver contacto e respeito entre mim e as pessoas que me merecem esse respeito no grupo Media Capital”.
Lourenço Ortigão diz que na SIC tem “oferta mais alargada”
Lourenço Ortigão afirmou ainda que, o facto de a SIC lhe permitir fazer outro tipo de trabalhos, como séries, foi uma das razões pela qual aceitou o convite. “A oferta da TVI é mais limitada às novelas, tendo em conta que nunca enveredei para a parte de entretenimento por opção do canal – podia ter surgido e acabou por não acontecer. Assim sendo, como ator, só tinha novelas ou ir ao programa cozinhar ou ser entrevistado. Nesta fase da minha vida eu preciso de mais. Dentro da TVI até poderia ter a liberdade de fazer coisas para a RTP ou para fora, que sei que teria sempre o apoio deles, mas se o meu contrato era com a TVI eu também teria de ter ali ofertas que me completassem”, disse.
“As novelas, para nós atores, são coisas que gostamos de fazer, estamos muito tempo uns com os outros e criamos laços para a vida mas, no final de contas, também queremos entrar nesta parte do streaming, das séries mais curtas, dos filmes, porque dá para trabalharmos com mais tempo e também é importante para nós trabalharmos com outras pessoas, conhecermos novos realizadores, novos diretores de fotografia, trabalharmos com outros atores. É importante essa mudança e já há alguns anos que sentia que precisava de um refresh, e foi o que fiz”, afirmou, acrescentando ainda: “Na SIC tenho uma oferta mais alargada, porque falamos de novelas, das séries na Opto, eventualmente telefilmes, coisas que sei que vão acontecer e que estão na calha. A SP Televisão também já produziu uma série para a Netflix – ‘FBI’ – e é toda uma rede que me cativou mais. A parte da direção também influenciou. Não que tenha alguma coisa contra a direção da TVI, de todo, mas as opções hoje em dia são opções com as quais deixei de me identificar tanto, o próprio ADN… Mas digo isto sem criticar, de forma nenhuma. Nestas coisas temos de ter a cabeça fria, não ter tanta ligação emocional quando o que nós queremos é ter uma carreira sólida e desafiante para crescer e sentirmos-nos sempre motivados”.
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Reprodução redes sociais
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