Não é a primeira vez que Luana Piovani dá o seu parecer sobre as diferenças entre Portugal e o seu país de origem, o Brasil. A segurança, os hábitos, as rotinas e também a alimentação já foram temas abordados pela artista, que está a viver no nosso país há cerca de cinco anos. Recentemente, a propósito do Dia Internacional da Mulher, voltou a fazer um paralelo entre os dois países, ao abordar a violência doméstica.

A atriz participou num evento do projeto Oráculo, em Sesimbra, e a plateia encheu-se de mulheres que quiseram ouvir o que a atriz tinha a dizer sobre o assunto que, sem papas na língua, garantiu que “os direitos da mulher em Portugal estão bem aquém do que precisamos“. Assumidamente feminista, fez um apelo para que se denuncie este crime, sempre que ocorrer: “É muito humilhante apanhar, mas é mais vergonhoso bater, não se calem, pelos vossos filhos, pelas vizinhas, pelas primas, pelas amigas, pelas conhecidas, (…) denunciem.”

A ex-companheira de Pedro Scooby já tinha referido em 2023 que, em Portugal, “existe muita violência doméstica, só que as mulheres não denunciam” e que “o feminismo não existe, os direitos das mulheres são quase irrisórios”. Habituada às declarações polémicas, desta vez a artista decidiu ir ainda mais longe, e criticar as mulheres portuguesas. “Em Portugal não muda muito porque vocês não fazem nada. No Brasil somos mais unidas e mais barraqueiras. Colocamos ‘fogo em Roma’. Pegamos na pá e vamos para a rua. Damos na cara das pessoas. Aqui, vocês são muito finas, muito chiques”. 

Luana Piovani foi questionada sobre se está confortável em ser conotada com o termo feminista, ao que respondeu: “Se a mulher diz que não é feminista, ela nem devia votar, porque só vota graças às feministas. Feministas somos todas nós, queiram ou não. Se lutam pela liberdade, pelo direito à vida e pelo respeito, somos todas feministas.”
Texto: Luís Duarte Sousa; Fotos: Impala

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