Luciana Abreu Passa por transformação física: “Já engordei 4 quilos e ganhei uns músculos”
Luciana Abreu despediu-se do cabelo loiro para dar vida a Alana numa grande produção de cinema. Além disso, está focada numa preparação física muito exigente porque a sua personagem vai envolver-se em várias cenas de luta.
Luciana Abreu vai ser protagonista de um filme internacional, da realização de Hugo Diogo, cujo nome provisório é Flor Brava. A atriz, de 38 anos, não podia estar mais feliz com este novo projeto profissional, que vai dar oportunidade ao público de a ver “num registo completamente diferente de tudo aquilo a que estão habituados” e contou à NOVA GENTE que o maior desafio tem sido a transformação corporal.
“Estou a fazer preparação física seis dias por semana, alternando entre ginásio e aulas de taekwondo”, começou por dizer a também cantora, que dá vida a Alana, uma blogger conhecida que está a tentar divorciar-se, mas cujo marido não aceita a separação. Numa saída à noite, ela é espancada e violada por três homens. “Quando a Alana regressa à cidade e se vinga de todos aqueles que a violaram e a tentaram matar, não vai ser nada branda [risos], o que implica muitas cenas de luta e violência, para as quais tenho que estar muitíssimo bem preparada porque não quero duplos. Quero ser eu a fazer o filme do início ao fim”, contou.
Em algumas cenas da trama, a atriz vai estar “irreconhecível”. “Na primeira parte de gravações do filme já fiquei irreconhecível com a caracterização. Afinal a Alana foi violada, espancada e vítima de tentativa de homicídio. Foi muita tinta vermelha em cima de mim. Outra das grandes transformações foi deixar o loiro e estar morena, e depois é a preparação física”, adiantou, assumindo que já ganhou algum peso em massa muscular. “Já engordei quatro quilos, e ganhei uns músculos [risos]. Temos agora um interregno de três ou quatro meses nas filmagens para que eu consiga preparar-me ainda melhor fisicamente. Todo o filme gira em torno da minha personagem e, se eu não estiver no meu melhor, reflete-se em todo o elenco e em todo o filme. É uma responsabilidade gigante e eu sou muito perfeccionista comigo própria”, acrescentou.
As cenas da violação “foram difíceis de gravar”
A personagem de Luciana Abreu está presa numa relação “que já deu tudo o que tinha para dar”. Decide, então, colocar um ponto final no casamento para ficar livre e desinibida. No entanto, a vida muda durante uma saída à noite com a melhor amiga. “Numa discoteca, conhece João Pedro, um promissor e sedutor homem de negócios que ela acompanha até ao parque de estacionamento, quando surge uma carrinha da qual saltam dois outros homens corpulentos que a empurram para dentro e, juntamente com João Pedro, a violam e a espancam, deixando-a como morta numa estrada deserta”, revelou. E prosseguiu, garantindo que foram cenas muito difíceis de gravar “quer emocionalmente, quer fisicamente. O realizador do filme é extraordinário. Foi de um cuidado extremo comigo, para garantir que tudo corria sempre pelo melhor. Naturalmente que gravar todas as noites, das 18 às 6h da manhã, com roupas de verão, em noites geladas como as que temos tido ultimamente, é extremamente desgastante fisicamente, sem falar do peso emocional que são as cenas de uma violação.”
Depois deste episódio traumático, Alana vai querer vingar-se. “Ela é encontrada por um velho eremita ex-militar que rejeitou a sociedade depois das atrocidades que viu e cometeu na Guerra Colonial. Refugiou-se no campo. Ele encontra-a, cuida dela e, lentamente, ensina-a de novo a viver. Ensina-a a caçar, a sobreviver e a defender-se. Transformada noutra pessoa e sedenta de vingança, a Alana despede-se dele para voltar à cidade em busca de justiça. O resto, é surpresa”, disse ainda.
Fazer um filme de vingança está a ser especial para Luciana Abreu, mas a artista confidenciou à nossa revista que a personagem “colide um bocado” com os seus próprios princípios. “Eu abomino a vingança. Quando me aborreço com alguém, não desejo vingança nem nada de mal, apenas perdoo para viver bem comigo própria e afasto as pessoas da minha vida. Posto isto, sendo a Alana, após a violação e tentativa de homicídio movida pela vingança, é muito diferente de mim, daí o desafio ser ainda maior”, referiu. A trama poderá ser vista no final do ano, nos cinemas NOS, e conta também com a participação de Inês Herédia, Miguel Nunes, André Aparício e Duarte Grilo. “A mensagem deste filme é importante, principalmente, para adolescentes, como é o caso das minhas filhas mais velhas, jovens e até adultos, porque estamos constantemente a alertar para os perigos de sair à noite. Para além de ser uma belíssimo filme de ação, é também um alerta”, acrescentou.
A gestão da vida pessoal
Com as gravações do filme de segunda a sábado, e com Domingão, da SIC, ao domingo, a atriz tem a semana repleta de trabalho e confessa que tem tido menos tempo para as filhas. “Seria desonesto dizer que não me sinto exausta. Ainda assim, sempre que posso, descanso o máximo possível para não prejudicar a minha saúde. Há semanas mais exaustivas e outras menos. Felizmente, nas semanas em que trabalho mais, as minhas filhas tem o privilégio de ser crianças repletas de amor, atenção, carinho. Tenho uma família que é a nossa base e o nosso grande apoio. Não deixam que as minhas filhas sintam ausência de afetos.”, contou, orgulhosa.
Texto: Mafalda Mourão com Patrícia Correia Branco; Fotos: Impala, redes sociais e DR
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